sábado, outubro 11, 2014

O ÊRRO DE SEGURO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A variação eleitoral do Centrão eleitoral em Portugal, constituído por uma larga maioria de eleitores, que dos políticos alimentam uma visão instrumental que deveria ajustar - se aos seus interesses e que, em cada eleição, seja para o que fôr, a definitiva análise e decisão determinante provém do intimismo pessoal e não de qualquer outra razão exterior, substantiva, superior, como o deveria ser o interesse nacional, formulação sentida como vaga e pantanosa, dizia, levou o ex-secretário geral do P.S., Seguro, a demarcar - se do que ele considerava, segundo as suas análises, da má herança dos governos Sócrates.

Aconteceu que a militância socialista não se reviu e não se revê na leitura direitista a que Seguro deu aval, no mínimo pelo silêncio e nunca perdoou a este a denegação da boa prestação socialista de Sócrates.

Repostos, com a devida distância e com a comparação directa e próxima com a " fraude " eleitoral, melhor, com a fraude política da qual foram objectivamente cúmplices pelo voto, o Centrão, essa massa eleitoral, ideológicamente neutra que não pragmática e cínicamente activa, os parâmetros de médio prazo na análise do real próximo, virou - se para outros discursos mais adequados ao seu sentimento actual.
Criticável? NUNCA!

A Democracia, um regime em que um condutor de táxis ou um bloguista, especialistas de coisa alguma se permitem, com os dados incipientes ( é a única desvantagem num adulto físicamente saudável... ) que detêm, a Crítica à governação na sua visão consequencial e global, contém por isso, nisso e para isso, a essência da sua singularidade abrangente por ancorada no mais precioso dos bens - a LIBERDADE - , da responsabilidade e da irresponsabilidade.

Voltando ao Seguro, a revisitação íntima quando não racional, das prestações dos governos Sócrates, sobrelevando o embuste narrativo que levou a coligação da Direita ao poder, recorrentemente ensaiado até à eleição do novo secretário - geral do P.S.  que  o esvaziou, foi um sopro penoso que a realidade de hoje tornou transparente.
A militância socialista nunca perdoou ao ex-secretário geral, Seguro, o silêncio e a não - defesa dos ideais socialistas protagonizados pelo Sócrates e assim que teve oportunidade de o fazer pagar, fê - lo, e irónicamente pela iniciativa do próprio que, mais uma vez, não soube interpretar políticamente os resultados eleitorais e o sentimento veiculado pelos eleitores.
AINDA BEM!

SUPER MÁRIO plus " SUPER "



ADORO ESTE PUTO!

A singularidade, a excentricidade deste menino rabino cola - se - lhe, paradoxalmente, como uma defesa feroz na estabilização, que não creio ansiada, de uma identidade, que as circunstâncias do seu crescimento num meio quase alienígena, onde visualizo o seu infantil olhar demorar - se nas coisas, nas pessoas,  tornou - se - lhe um desafio pessoal de superação.
A autenticidade rebelde e inconformista em contraponto com a " normalidade " e a previsibilidade associada ao reconhecimento do Outro sublinha e reforça - lhe o eu, o lugar que quer habitar, segundo as suas regras. 
O afecto pela " Super ", a porquinha, está na linha da sua contribuição generosa e anónima aos canis, lugares concentracionários de desafectação e de abandono.

Pessoa dizia, zurzindo A. France e a sua pretensa diletância, que, cito, " o diletantismo verdadeiro vai, porém, adiante da simples curiosidade pela superfície de tudo: desce à essência das coisas e é passageiramente intenso e sincero com cada uma delas " que lhe faltava autenticidade, entre outras coisas...

O que terá a citação a ver com a excentricidade do Balotelli, perguntará o cioso...

Passando por cima da definição gratuita, Ballo é um charmoso diletante, na sua arte, na pseudo gratuitidade da sua aplicação paga a peso de ouro, e, não dispiciendo, na irrisão.
A mim, provoca - me uma sincera empatia e partilho com ele o gozo íntimo que nos faz rir em surdina...

quinta-feira, outubro 09, 2014

" A CASINHA DOS SEGREDOS "


E... DOS AJUSTES DE CONTAS?



PASSOS/TECNOFORMA/CPPC

Campanha negra? Quase apetece dizer, se não considerasse repugnante esse exercício mediático de desmantelamento moral a que o P.Ministro português em exercício está a sofrer, que quem com ferro mata ...
Ainda está bem presente na memória do país, de formas distintas, bem claro, o início dessa prática suja no confronto político e que começou oblíquamente pelo processo Casa Pia, tentando atingir objectivamente os principais líderes políticos do PS, nomeadamente Ferro Rodrigues, o seu secretário - Geral à data e o ex - presidente da República Jorge Sampaio.
Assim que o PS ganhou as eleições, com maioria absoluta com José Sócrates, refinou - se, em eventuais gabinetes ad hoc criados para o uso e manipulação de informações orientando - as no sentido da descredibilização dos alvos a abater.
Foi o maior ataque ao carácter conhecido no Portugal democrático a que só um político limpo e com grande combatividade poderia sair imune. Todos os tonitruantes processos mediáticos conseguiam ter murmúrios socráticos.
 Sócrates conseguiu - o e ainda hoje, temendo eventualmente um seu regresso à vida política activa ( um poder não controlado é sempre uma ameaça... ) subsistem junto daqueles que mais o atacaram, a manutenção da suspeição, segundo o princípio soez de que... uma mentira mil vezes repetida...

Quase tenho pena do P.Ministro e do desamparo com que a sua decência pessoal nesse terreno resvaladiço da moralidade, está a cair.- Nós não temos meios para isto. Resta - nos aguentar ( ??? ) - Se baixar os braços está tramado. Será tomado pelos adversários como assumpção de Culpa. E francamente, não gostaria que saísse do governo por motivos desta índole, verdadeiros ou falsos.

Que não seja PIEGAS. QUE VÁ À LUTA E ENFRENTE ESSA CANALHADA DE GENTE PODEROSA. 
ATÉ PROVA EM CONTRÁRIO ESTOU CONSIGO NESSA LUTA PESSOAL...

domingo, outubro 05, 2014

VEJAMOS...


O sr. Presidente da República portuguesa, discursando nas cerimónias alusivas ao 5 de Outubro de 1910, data da implantação da república em Portugal, faz um rotundo apelo ao consenso nacional, como forma de estabilizar o país no rumo do desenvolvimento, queremos acreditar.

Nunca, a não ser em períodos de guerra aberta, tive exemplos tão estranhos, mormente em democracia, de invocações cruzadistas em nome de um futuro, que ninguém hoje poderá prever minimamente por culpa directa de uma governação à qual está na origem, no apoio, e na manutenção.
Dir - se - á que A presidência da República só poderá ter este tipo de discurso de " conseguimentos " desejáveis.
. Nas circunstâncias políticas actuais em Portugal, cairá em saco roto, não por " inconseguimentos "atenentes à desfragmentação política e partidária actual  mas pela falta de credibilidade política que a postura do actual ocupante do cargo ,num passado recente e nos últimos anos cimentou junto do espectro partidário.

Torna - se evidente que o espaço de reflexão transposto pelas propostas políticas que o novo leque partidário traz às próximas eleições ( chamam a isso populismo... ) num enriquecimento, também ele EVIDENTE, da Democracia, tem assustado o Poder, como se sentiu, no discurso do P.R.
O refinamento democrático terá de passar pela inclusão activa de um largo naipe de representações políticas do país. Quem, cínicamente escudado em cristalizações conceptuais, se puser de fora da responsabilidade governativa, sairá desmascarado perante o povo.
E quem, escudado numa estigmatização politica de franjas do eleitorado representadas na Assembleia, insistir no debate, na repartição do Poder a dois, sazonalmente, continua a defender o consenso, nesse caso a três, vulgos PSD, PS,CDS, merecerá a resposta que vai ter.

UMA SARDINHA PORTUGUESA...

...Por acaso, que Portugal nada teve a ver com isso.

QUE BISONHO LEGADO...

O, já quase defunto, presidente da Comissão europeia, prepara - se para fechar o seu mandato com " chave de lata ".
Vai perder, definitivamente, a sua última oportunidade de deixar, mesmo que ténue, uma pegada virtuosa da sua passagem pela U.E., uma memória futura penitencial, com um gesto heróico de redenção.
O " CHERNE ", afinal , revelou - se uma sardinha que se deixou enlatar sem luta pelos três grandes de uma UE de 28. Porta - voz aleatório dos sinais que esses transmitiam, nunca soube fazer valer substantivamente um cargo que deixou esvaziar em irrelevância..
O mesmo não dirão os países para quem objectivamente trabalhou, irónicamente, os únicos que tentaram vetar a sua eleição - o Reino Unido, a França e a Alemanha.

Barroso, voltando às razões últimas deste post, prepara -  se, segundo as denúncias trazidas ao conhecimento dos cidadãos europeus pela presidente da Greenpeace europa e por Nuno Sequeira da QUERCUS, para co-financiar a construção de uma central nuclear no Reino Unido, pondo " sobre os ombros dos contribuintes os custos económicos e ambientais " do projecto.
Ainda segundo a QUERCUS, a Comissão Barroso, que irá abandonar o mandato daqui a um mês, " contribuiu activamente para a redução do apoio às energias renováveis e à eficiência energética, ao mesmo tempo que promove o apoio às fontes de energia mais poluentes e menos sustentáveis "

Que miserável desperdício... de inteligência. E daí, quem poderá ajuizar se da inteligência, que não racionalidade, a adaptação ao meio é uma das condições essenciais de sobrevivência... no meio. O diabo, é que há uma parte desse desiderato que depende ÚNICAMENTE, da nossa vontade, da nossa escolha; as do Barroso têm sido claras e transparentes. Valha -. nos isso...