quarta-feira, fevereiro 20, 2013

A SAFADINHA...

A danadinha da Língua Portuguesa continua a desmerecer dos seus praticantes mais dotados um desrespeito contumaz.
Os exemplos vêm de cima, como C.Ferreira Alves descobriu, num pulinho à página do nosso premier em exercício facebookiano, na Revista do último Expresso. Saiu de lá desolada com o martirio a que estiveram sujeitas as pobres preposições e uns rápidos esclarecimentos.

Longe de mim, já o disse, ser especialista do que quer que seja o que, em Portugal, me põe no universo geral da mediocridade a que nos condenaram, MAS...
...Acontece que, perante tanto mau uso desta belíssima Língua, em lugares insuspeitos (!!!?)como os Media e principalmente nos meus jornais, chateia - me à brava os lapsos que aí ocorrem e não fossem as circunstâncias de andarem também a ensinar asneiras à minhas netas que começaram a aprender a ler e a escrever....

" Portugal poupará 14,9 mil milhões de euros se tiver condições idênticas à Grécia " titula na primeira página em letras garrafais o " I " de hoje.
Condições idênticas à Grécia? Não percebi. Quais? As climáticas? As políticas?
Bem, o que o autor quis dizer, na linha do artigo de fundo seria .... se tiver condições idênticas ÀS ( que foram dadas à Grécia, em subintenção ) da Grécia e não o que foi escrito, correcto? A concordância definida e contracção prepositiva é com o plural condições e não com o país, Grécia .

" QUE SE LIXE A TROIKA "







A Oposição políticamente correcta clamou aqui d'el rei perante a ameaça do Movimento Q.S.L. a Troika de reduzir ao silêncio um Governo que se encerra em palácios para discutir com os seus umbigos o destino de milhões de democratas.

Com o Governo ergueu - se de algumas consciências um clamor horrorizado pela afronta à sacrossanta liberdade de expressão como se ela pudesse ser formatada e balizada em cada uma das almas que a exigem numa expressão e pensamento único que calasse os livre - pensadores, catalogando -os de radicais e... está tudo dito.

Acontece que os fundamentos que sustentam o repúdio verdadeiramente democrata prendem -se exactamente aos mesmos fundamentos que caucionam a liberdade de expressão exercida pelos chamados radicais. A variação de tom, som, substância, direcção, objectivo, redefine com clareza a diferença entre a diletância intelectual e crítica inconsequente e enquadrada e a assertividade e conjugação do pensamento e da acção concreta.
É que não basta dizer - se que qualquer Poder não presta e... paciência, mesmo sabendo que  quando essa imprestação se revela em acções contínuamente perniciosas, a democracia tem instrumentos para o remover, por mais democráticamente que ele tenha sido eleito. O bom - senso diz - nos que os erros têm de ser corrigidos, antes que a sua multiplicação os torne irreversíveis.

Alguém duvida da legitimidade do Q.S.L. a Troika de ter acções que não se esgotem nos passeios da CGTP e da UGT pelas Avenidas?
Arraiais inconsequentes, um direito que lhes assiste e... toca andar, o Governo não se vai distrair com as manifestações, os cães ladram e a caravana passa..., etc, etc, tem sido a interpretação do Poder e dos seus fiéis do desagrado popular. Dou de barato que é um direito que democráticamente também é deles.
E AGORA, COMO É QUE SE VAI DESATAR ESSE IMPASSE DEMOCRÁTICO? Pelo jogos das interpretações, dos governantes, dos comentaristas, dos bloguistas e de todas as corporações que manipulam este país? E a maioria não iluminada como fica? Refém da iluminação do pântano entrevisto por Guterres e que o pôs a milhas?

QUE POBREZA REDUTORA ESSA...