quarta-feira, janeiro 26, 2011

LÁ COMO CÁ...


No dia 6 de Fevereiro decidem - se as eleições em Cabo Verde.

Como de resto em todo o planeta em sufrágio, exigem - se MUDANÇAS, quanto mais não seja a cara da liderança.

Os ventos de mudança sopram na Tunísia e no Egipto e certas lideranças, aquelas que se assustam e com razão quando o povo abandona a " urna " e acciona a democracia directa,têm razão para ter medo.

Felizmente, no meu saudoso País, tão doce nos seus costumes como os pais fundadores, a fúria não foi para lá chamada.
Aquilo que nos distingue - a proximidade, nunca permitirá a resolução dos problemas políticos pela violência.

Que continue assim...

segunda-feira, janeiro 24, 2011

E Manuel Alegre?

Em Fevereiro do ano passado, quando a candidatura de Fernando Nobre se deu à luz e na ressaca das palavras proferidas por M. Alegre, " aliviado " com a definição do voto do PS dizia - As coisas estão claras - eu duvidei que estivessem e previ então que se não fizesse esquecer aos socialistas a sua declarada e reiterada oposição ao seu governo,não iria longe.

Pelos vistos, não conseguiu...
A incoerência do seu táctico posicionamento político, em nome da liberdade, magoou os seus camaradas e se para alguns engolir o sapo da sua candidatura era um mal necessário, para outros,em nome da mesma liberdade que exemplificou,era amargo demais, como se viu.

DA NATURALIDADE DAS COISAS...

" AQUELE DE ENTRE VÓS QUE NUNCA PECOU, ATIRE A PRIMEIRA PEDRA! " - Jesus Cristo

A História das Nações está íntimamente ligada, como necessáriamente tem de ser,aos seus protagonistas, em cada fase da sua Vida.A inocência está excluída das suas decisões.
Ontem, o protagonista foi o povo que elegeu Cavaco Silva para mais um mandato de 5 anos à frente do seu destino.

A Democracia também é isto e a História de Portugal estará, nos próximos anos, marcada pelos resultados da votação de ontem.
Como tem acontecido nos desenvolvimentos recentes da política portuguesa,a reacção popular aos ataques aos carácteres dos seus líderes tem sido a absolvição, para lá de qualquer análise racional que sobre os factos lhe tenha sido trazido, numa manifestação de solidariedade e esvaziamento de juízos morais a que só um reconhecimento e empatia da imperfeição do outro, justifica.

O que isso nos diz do carácter do POVO, também é ISSO, aqui ou em qualquer parte do mundo, é claro.
A natureza humana sabe - se imperfeita,e quando posta perante a imperfeição ética dos seus líderes a sua análise, quase sempre, estreita -se para o campo familiar e próximo do Eu que não para o espaço real, político, aonde deveria ser sufragada.

Cavaco Silva é, hoje, o representante político, sociológico e ético do estado moral do País.
O que se espera dele, conhecida a sua história e dos seus companheiros da jornada é incompreensível para mim..., mas eu não votei nele, naturalmente!