quinta-feira, julho 06, 2006

PORTUGAL -0 FRANÇA - 1


Nada de muito surpreendente o que mesmo assim não consola a tremenda fustração de ver o possível ao nosso alcance diluir-se nos derradeiros segundos da partida.

Foi a victória, mais uma vez e principalmente desta vez, da maturidade e controlo das emoções contra a " garridice " da imaturidade e o cansaço indisfarçável de elementos fundamentais da equipa portuguesa, nomeadamente Deco, Costinha e principalmente Figo, cujo peso da dura campanha italiana e dos jogos anteriores do Mundial se fez sentir brutalmente nesta partida.
Urgia, na segunda parte, proceder de imediato às substituições, com a entrada de Tiago, Simão e por Deus, Nuno Gomes. O silêncio à volta deste jogador tem sido ensurdecedor e haverá, naturalmente uma explicação da sua ausência neste Mundial, por razões que eu ainda não consegui descortinar.

Os jogadores franceses estavam de rastos e em pânico e souberam pautar o jogo ao ritmo das suas fatigadas pernas. É nestas alturas, de observação e lucidez, que não se pode falhar e Scolari falhou por defeito.

Portugal vai perder com a Alemanha, espero que não seja uma humilhação, e a Itália vai levar a Taça para casa com uma victória contundente sobre a estafada França.

terça-feira, julho 04, 2006

ALEMANHA - 0 ITÁLIA - 2

Francamente, foi sem nenhuma surpresa que vi a Itália chegar victoriosa ao fim dos 120 m.
O seu futebol consistente, rigoroso, quando para isso é chamado, revela-se de um calculismo que raia a perfeição pelos resultados positivos que consegue.

Eu não creio que o virtuosismo e a beleza desapareçam do futebol moderno, mas o que me foi dado a ver neste mundial não augura nada de bom nesse aspecto. Ver a Argentina a jogar como jogou contra a Alemanha, o México, o Brasil, expoentes do futebol espectáculo a jogar refinadamente à defesa nos dois terços do campo enquanto os avançados " secavam " lá à frente... foi uma pena e uma desilusão.
Quanto a Portugal, a lição da final do Europeu com os gregos ficou-lhes indelèvelmente na memória e o resultado tem sido a tremenda consistência da sua defesa e linha média e a escassez de golos do Pauleta...

Espero espectáculo no jogo com a França, a par do rigor que pontua sempre esses desafios a eliminar. Veremos que tipo de futebol vai sair vencedor.