sábado, janeiro 07, 2012

SOBRE AS RELIGIÕES...

Recebi, em eco ao meu último post " EU PENSO QUE... " um e-mail/vídeo anónimo, contrapondo com o peso do academismo do Dr. Thomas Woods Jr., bacharel católico da Universidade de Harvard, os meus pontos de vista, muito soft, por acaso, sobre a incompatibilidade a prazo, dentro de um estado religioso ( a Lei religiosa como condutora política do estado ) entre a democracia e o fundamentalismo dogmático atrelado a qualquer religião expansionista, casos da religião católica e da religião islâmica.


A resistência do Islão perante a democratização prende - se exactamente com a consciência, não só histórica, ( testemunhada pela decadência irreversível do cristianismo, sim, os ritos permanecem assim como a superestrutura... ) mas também com a incontornabilidade de uma liberdade de culto ou ateísmo militante, filosófico ou prático, que a Democracia tem de, NECESSÁRIAMENTE, consagrar.
Em traços gerais, foi o que se pensou e se escreveu...


Qualquer confronto de ideias sobre as religiões, ( continuo a pensar enquanto escrevo, sem o coturno de uma cátedra, só com as minhas celulazinhas cerebrais... ) peca à partida pela introdução no debate de personagens paralizantes chamadas  DEUS, ALLAH, IAVÉ, QWETZCOATL, MANITU, ORIXÁ, ODIN, BAAL, ZEUS, BUDA, KAHLI que matam logo aí, numa mistificação atroz a que os crentes chamam Fé, a discussão sobre os contributos, definitivamente importantes, que professantes, como Homens, trouxeram em TODOS os campos de evolução do SAPIENS. A Racionalidade e mesmo o bom-senso bem que tentaram afastá- los, debalde, do mundo dos humanos.


A lista dos NOTÁVEIS das superestruturas religiosas, DE QUALQUER UMA, é tão extensa como a dos seus DEMÓNIOS.


O bom senso aconselharia a não irmos por aí nessa discussão... que nenhum desses deuses provávelmente apadrinharia, SOB O RISCO DE DESCREDIBILIZAÇÃO.
Daí, quem sabe?

DO ACORDO ORTOGRÁFICO

A ESTRUTURA ESTABELECIDA NOS MEUS NEURÓNIOS NÃO O ACEITA, PONTO FINAL!

quinta-feira, janeiro 05, 2012

QUEM DIRIA...

                                                 

                                                       D. Manuel Clemente, bispo do Porto 



        " O fanatismo próximo do fantasmagórico toma o imaginário pelo real  as fantasias pela verdade... "





                                                       Barão de Holbach ( 1723 -1789 )

" Se derivarmos as nossas ideias de Deus da natureza das coisas, onde se encontra uma mistura de bem e de mal, este Deus, conforme o bem e o mal que experimentamos, naturalmente nos parece caprichoso, inconstante, umas vezes bom, outras velhaco, e desta forma, em vez de inspirar o nosso amor, pode apenas gerar suspeição, medo e incerteza nos nossos corações. Não há diferença alguma entre a Religião natural e a mais sombria e servil superstição. Se o Teísta apenas vê Deus pelo lado bonito, o supersticioso olha - O pela face mais medonha. A loucura de um é alegre, a do outro é lúgubre: mas ambas delirantes... "

De que Real falarão esses dois senhores? E de qual verdade? A do obscurantismo teológico,  a da natureza humana? Aonde pára a fantasia?

quarta-feira, janeiro 04, 2012

EU PENSO QUE...

Qualquer tipo de democracia a nascer no Islão, como espaço de fé religiosa, terá como modelo a república iraniana.
Qualquer compatibilização, que de boa ou má- fé se tente criar entre uma religião expansionista como o foram a cristã outrora ou o islamismo de então e hoje, e a democracia, acabará mal.
A História ocidental lembra - nos a sua época das trevas do domínio da Cristandade sobre os povos e as nações e a sua posterior libertação em dignidade, liberdade e racionalidade pelos iluministas. Hoje o cristianismo sobrevive por força da separação imposta pela liberdade de culto pelos Estados democratizados e ao seu deliberado low profile na arregimentação das almas sob o risco de se reduzir a um epifenómeno social.


Não poderá haver compatibilidade entre o Islão e a Democracia. O seu funcionamento a par, a existir, levará fatalmente ao desaparecimento de um ou outro por um processo natural de bom senso pela parte do lado democrático ou violentamente por parte do Islão, sempre que as evoluções caminhem no sentido adverso aos seus dogmas.
O Islão consagra a repressão das mulheres, dos não - crentes e dos infiéis. A Democracia é liberdade para todos os cidadãos, do culto e do ateísmo.
A ilusão do Poder ocidental que tem reduzido a democracia à sua expressão mais simples, traduzida em eleições, acredita que esta fórmula de controlo das suas nações e as dos Outros liberalizará as suas relações comerciais com o Islão, melhor, com o seu petróleo, na vã esperança da maleabilidade dos moderados que fatalmente chegarão ao poder, esquecendo - se que o islamismo é um elemento essencial de unidades nacionais entre os milhares de tribos que compõem o mundo islamizado e que prevalecerá sempre que os Guardiões da Fé tiverem de decidir. E como se vê no Irão DECIDEM, ANTES E APÓS AS ELEIÇÕES, que as há para TODOS os órgãos do Poder. Não poderá haver, aparentemente, nada mais democrático. As diferenças com as democracias ocidentais seriam de pormenor  se não se desse essa circunstancialidade de que eles decidem em nome de Alá e nós já matámos o nosso Deus e o seu substituto - a Racionalidade - não tem sido iluminada por NADA a não ser a Ciência. O resto é escuridão, no Ser, do Ser e para o Ser.
Mais vale acreditar em Deus, não vá dar - se o caso de ele se chamar Alá...

domingo, janeiro 01, 2012

2012

Começa hoje um novo ano e a ESTUPIDEZ de uns caminha a par com a leonina e predatória boçalidade de outros.
A mudança só acontecerá quando as vítimas, cansadas de tanto " correr ", resolverem enfrentar com a sua força - o Número, a multitude, os predadores. Essa é a lição da Natureza quando se reduz o real à SOBREVIVÊNCIA. Os artificialismos culturais apoderados e manipulados pelos poderes valem NADA perante a VIDA, pessoal e intransmissível, quando as regras do contrato social que permitiram o respeito à liberdade e à propriedade do Outro são contrabandeadas por uma lógica de dominação aberrante e irracional. 
É que não há NENHUM PAÍS NO MUNDO, melhor, nenhum poder instalado, que não possa ser removido quando, à bovina resignação se oponha a exigência do cumprimento das regras que permitiram a existência do social, da comunidade, equilibrada pela distribuição justa dos ganhos que esse impasse civilizacional permite.


A falência civilizacional prende - se à batota manipuladora das consciências por parte de uma venal apropriação do Poder em vigência, em qualquer parte do mundo, de uma negatividade individual, biológica, de cada um de nós perante o colectivo, produto de uma herança milenar a que se tentou opôr -se racionalmente com os conhecimentos então adquiridos.


A demissão, burguesa e elitista, que num espaço globalizado pelo (re)conhecimento dos Iluministas do planeta como o Real habitável de TODAS as teorias do Ser e do Ter, tem sido traduzida pela nova (!!!!????) Ordem, numa estúpida arregimentação das diferenças que a Terra criou nos seres que a habitam, numa interpretação provinciana, patética, criminosa, ( pelas consequências...) e tem sido a marca de água  de uma decadência intelectual que impotente perante a imperfeição interpretada do Homem, redu -lO à sua condição primeva.
Não interessa o nome com o qual se irá classificar estes tempos; o prenúncio de uma nova interrogação já aí está, inscrito nos astros...


Viva o Futuro!