A GUERRA DOS CRUCIFIXOS
Pois é... a Democracia tem dessas incoerências e doutras...
A que propósito, num Estado laico, a manifestação de uma determinada cultura religiosa num espaço que é de todos?
A argumentação com a tradição católica portuguesa seria pertinente à luz de uma ditadura da maioria e até pode ser que seja este o caso, assim como a " limpeza " dos cargos públicos e substituição de dirigentes por outros da cor da maioria democrática parece razoável...
Mas de facto não é, pois não?
Vejamos: a cruz é uma manifestação simbolica e como simbolo pode e deve, eventualmente, estar presente no espaço que traduz esse simbolismo e o representa, nas Igrejas, portanto, assim como a Bandeira Nacional nos espaços públicos.
As tradições, sempre que entraram em conflito com a Democracia foram arrazadas, por uma questão de coerrência interna e em nome da evolução dos costumes. Nada de escandaloso, portanto.
A condenação da bárbara prática da excisão dos clitóris das jovens africanas no Ocidente não se compadece com os costumes normativos de uma tradição injustificada, à luz do racionalismo e dos direitos do Homem.
A César o que é de César e a Deus o que é de Deus.
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