sexta-feira, novembro 24, 2006

MONTAIGNE REVISITADO - OS USA E O MUNDO - BUSH E A SUA REPRESENTAÇÃO...

É extraordinária a capacidade humana na justificação dos seus actos e dos outros, por vezes para lá do imaginável.
Mas o que será justificável? O meu, o teu ou o interesse colectivo?. Qual será a referência, num universo sempre em mudança ( pobre Fukuyama ! ) que justifica a acção política ou a individual? A Ética, não sendo um subproduto das emoções ou das afectividades, como erroneamnte já foi classificado, nem estando na sua origem, permitiria uma distanciação que a torna ( tornaria... )uma referência universal se não existisse a Política, superestrutura sobre a qual a Humanidade caminha.
Pelo seu fim último - a conquista do Poder - não se coaduna com a Utopia da harmonização social que a natureza humana mais os condicionalismos económicos travam a montante.

O mundo perfeito não existirá com o Homem e não fará sentido sem ele.
Apesar de tanto mau uso, a esperança está na Razão, instrumento de adaptação ao ambiente, sem a qual a sua sobrevivência como espécie está condenada.
O racionalismo puro, o acto de pensar, terá necessáriamente de conter mais qualquer coisa para além da consagração da liberdade. E é aí que a Democracia está a falhar.

O mundo não terá de ser ùnicamente representação e Vontade porque nesse espaço há um ser racional, que apesar de ainda não ter legitimado tamanho atributo para lá caminhará se a sua escolha o levar à Verdade.

E isso levar-nos-ia à questão da legitimidade dos actos políticos.

Voltaremos a esse raciocínio...

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