MONTAIGNE REVISITADO - OS USA E O MUNDO - BUSH E A SUA REPRESENTAÇÃO...
É extraordinária a capacidade humana na justificação dos seus actos e dos outros, por vezes para lá do imaginável.
Mas o que será justificável? O meu, o teu ou o interesse colectivo?. Qual será a referência, num universo sempre em mudança ( pobre Fukuyama ! ) que justifica a acção política ou a individual? A Ética, não sendo um subproduto das emoções ou das afectividades, como erroneamnte já foi classificado, nem estando na sua origem, permitiria uma distanciação que a torna ( tornaria... )uma referência universal se não existisse a Política, superestrutura sobre a qual a Humanidade caminha.
Pelo seu fim último - a conquista do Poder - não se coaduna com a Utopia da harmonização social que a natureza humana mais os condicionalismos económicos travam a montante.
O mundo perfeito não existirá com o Homem e não fará sentido sem ele.
Apesar de tanto mau uso, a esperança está na Razão, instrumento de adaptação ao ambiente, sem a qual a sua sobrevivência como espécie está condenada.
O racionalismo puro, o acto de pensar, terá necessáriamente de conter mais qualquer coisa para além da consagração da liberdade. E é aí que a Democracia está a falhar.
O mundo não terá de ser ùnicamente representação e Vontade porque nesse espaço há um ser racional, que apesar de ainda não ter legitimado tamanho atributo para lá caminhará se a sua escolha o levar à Verdade.
E isso levar-nos-ia à questão da legitimidade dos actos políticos.
Voltaremos a esse raciocínio...
Sem comentários:
Enviar um comentário