terça-feira, setembro 04, 2007



A ideia de teu corpo branco e amado,
beleza escultural e triunfante,
persegue-me, mulher, a todo o instante,
- como o assassino o sangue derramado!


Quando teu corpo pálido, beijado,
abandonas ao leito - palpitante,
quem jamais contemplou, em noite amante,
tentação mais cruel, tom mais nevado?


No entanto - duro, excêntrico desejo!
- quisera, às vezes, que a dormir te vejo,
tranquila, branca, inerme, unida a mim...

que o teu sangue corresse de repente,
fascinação da Cor! - e estranhamente,
te colorisse, pálido marfim.

( Gomes Leal -claridades do sul )

Sem comentários: