DA GUERRA...

Em tempos, escrevi por aqui, a propósito da invasão do Iraque, que a única guerra racional e moralmente defensável e justificada à luz de qualquer perspectiva seria a guerra contra a OCUPAÇÃO estrangeira.
Essa aceitação intuitiva por parte do senso comum, mesmo para quem como eu a violência obscena dessa dança de cadáveres orquestrada e manipulada politicamente, não lhe diminui objectivamente a grosseria, a selvajaria, a abjecção, a repulsa e o nojo a ela ligada desde que o SAPIENS a inventou contra o NEANDERTAHLENSIS e o levou à extinção prolongando os ensinamentos adquiridos no aperfeiçoamento da matança em massa entre a própria espécie.

Nenhuma abjecção humanista que a morte de inocentes provoca num conflito armado entra nos cálculos dos contendores numa guerra.

Por outro lado, neste já repulsivo conflito entre Israel e o Mundo islâmico, particularmente com a Palestina, ao mesmo tempo que a exibição cínica e despudorada das crianças estropiadas pelas bombas israelitas nos tenta fazer esquecer as vítimas dos autocarros esventrados pelos bombistas suicidas da " Guerra Santa " apelando - nos a essa intuitiva empatia da justiça merecida de guerra justa contra a Ocupação, fica - nos a certeza de que uma guerra não é possível sem apoio das populações à volta dos seus líderes.... SEM INOCÊNCIA.