quarta-feira, maio 19, 2010

O FIM DA GRANDE ILUSÃO

Qual castelo de cartas edificado por inábeis mãos de crianças, o formidável projecto europeu abre brechas por todos os lados, pese embora o enfoque sobre os maus alunos de costume - as cigarras, vulgo PIGS, que resistem à conversa da prudente, enfadonha, tristonha, sorumbática e deslavada formiga, desenquadrada da vida que lhe passa ao lado e da sua súbita perenidade.

Qualquer sociólogo mínimamente honesto terá ( teria ) previsto a dificuldade evidente com que os países do Sul ( Sol ) da Europa se iriam debater com a hercúlea exigência de mudança da sua matriz sociológica em favor de uma realidade completamente outra enquadrada pela " pesada " e seráfica Alemanha.

A abundância de euros chegados ao Sul, devidamente ( germanicamente )utilizados seriam mais do que suficientes, nestas décadas de adesão, para aproximar, em termos de desenvolvimento económico, o Sul do Norte e agora o Centro,se não se desse o caso de estarmos a lidar com LATINOS modernos,inconsequentes, apatriotas, súbitamente deslumbrados e perenamente provincianos, à volta do seu umbigo e da sua atávica presunção retórica e judiciosa sobre a importância do supérfluo.

É claro que as razões desse formidável recuo serão também e principalmente outras bastamente escalpelizados nos dias que correm, sobressaindo a convulsão financeira que um " EURO " demasiado " valorizado em relação ao " DÓLAR " obrigou à reacção de uma moeda excessivamente fragilizada no mercado internacional com a agravante da pressão intolerável e inatacável, até hoje, do " Yuan " sobre a moeda americana.

A inocência paga - se caro e a Europa com o seu ambicioso projecto de união política e económica É uma ameaça.

Só há uma maneira de contra - atacar, a par das medidas duras de controlo orçamental e é o reforço DECISIVO E GALOPANTE das vertentes políticas e principalmente económicas na criação definitiva do ESTADOS UNIDOS DA EUROPA.

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