segunda-feira, março 21, 2011

UMA CRISE POLÍTICA...

... NÃO É O FIM DO MUNDO, escreve o director do jornal Expresso. Correcto, já que o mundo não anda à volta dos umbigos lusos; fazem mais para o seu declínio civilizacional os outros títeres ocidentais.

Convenhamos que o sentido da constatação é metafórico e redundante no país a sua permanência. O que é mais uma crisezinha? O que faz falta é animar a malta, não é? E se fôr com mais uns reboliços que entretenham os Media e o pagode ( os sem abrigos que se cuidem ), venham eles...

A cacofonia nacional, ópera bufa que a (in)relação dos intérpretes, herdeiros inconscientes de uma mentalidade corporativa que o " padrasto " da nação incutiu profundamente nos seus filhos, é de há um tempo a esta parte um caso de psiquiatria, aflorado tímidamente já por alguns especialistas da matéria.

Tudo isso poderá ser remetido com um encolher de ombros à ementa da Dama DEMOCRACIA onde, recito, " a mistura de astronautas, bodes, camponeses, galinhas, matemáticos e virgens loucas e dão - se a todos os mesmos direitos... e ainda com a conversa fiada, só pode ser considerado um erro cósmico... " - Mário Henrique Leiria, citado numa antiga crónica,pelo Expresso, mas a mim a COISA parece - me tão mesquinha que quase chego a pensar que esta condição chega a ser, pelo seu reconhecimento e prática um laço fundamental a unir os portugueses.
Já houve gente, como disse, mais capaz a abordar tímidamente, que o assunto é melindrosos, este desiderato social e vou deixar para eles o aprofundamento do tema.
Por ora, QUE IMPORTA?,venha de lá mais uma crisezinha, que a gente até já as inala, expectantes, correcto?

E se juntarmos à ementa o vómito que me provoca o que se está a passar aqui perto na Líbia, bem... a indigestão está garantida por uns tempos.

A propósito, já perceberam porque é que o senhor Cavaco não é o meu presidente e eu sou um anarquista mole e soft de quem as armas e bombas nem nas palavras consegue ser eficaz, num universo onde já ninguém quer OUVIR ou VER?

Desdramatizemos pois, não é, Ricardo Costa?

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