quarta-feira, janeiro 18, 2012

O CONFORTO E O COMODISMO...

... do primeiro ministro Passos Coelho incomodam - me. Essas duas palavras novas no léxico político do Governo e nomeadamente do seu responsável máximo têm aparecido com invulgar recorrência a pontuar o à - vontade de um político europeu ( deve ser caso único... ) a braços com uma crise sem perspectiva de saída, contida, manipulada pelas tautológicas equações dos rácios das agências de rating.


Conforto e comodismo a caracterizar uma burocrática subserviência a uma gestão exterior com laivos de desfasada aplicação taylorista no melífluo discurso parabenizante à responsabilidade e espírito de sacrifício dos que " abandonaram o espaço de conforto da reivindicação " em nome de um mal menor, de um pragmatismo insultuoso para o luxo dos idealistas, dos não - conformistas.


Paternalismo, Caridade, para os submissos e mão - forte para os dissonantes para quem a Crise não tem sido uma, na cínica avaliação dos danos colaterais, uma Oportunidade, mas sim um afunilamento inaceitável do Futuro, do progresso.


Passos Coelho é um político perigoso, com um homem- de - mão mais perigoso ainda - o sr. Relvas; o resto do Governo é formado por administrativos e alunos de sebenta. O seu parceiro da coligação, Paulo Portas, ocupado no enchimento do seu ego, deixou a Política a gestores de empresas e aos seus lacaios. Foi uma desilusão enorme...


Para quando o transporte desse desassossego que nos aflige, afligirá, já não sei, a maioria dos cidadãos para o conforto e comodismo daqueles para quem a crise tem sido uma oportunidade e não um travão às suas aspirações temporais, pelo contrário...

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