sábado, março 10, 2012

O BURROCRATA


O " salazarinho "  Gaspar e os " africanistas " Passos e Relvas mais o " canadiano " Álvaro e o  " pequeno burguês " Cavaco, partilham uma visão minimalista do país que, instâncias mais apropriadas e com mais credibilidade científica, colocariam em categorias psicológicas assaz definidoras e pertinentes que ajudariam a explicar a " racionalidade " que os move dentro de um país que, desconhecem uns, se ressentem outros e menosprezam todos em geral.


A sua posição " funcionária " , caracteriza um perfil patriarcal e familista do Estado, com o qual entra em contradição efectiva e em essência, já que só com a denúncia da tradição familiar terá surgido o cidadão livre e formador efectivo desse Estado, ao qual a sua contribuição contratual permite a existência, respeitando - lhe os trâmites definidores na LEI.


Os gestores actuais do Estado que hoje governam Portugal pecam por um erro de base, pela ausência de articulação do Estado ( burocracia ) com a sua componente política - o bem - estar dos seus cidadãos.
Essa deveria ser a essência da Política.
A instrumentalidade de que se guarnece o Estado, no sentido de tornar possível maioritàriamente esse desiderato marca a diferença transposta pelas escolhas políticas e pela temporalidade das prioridades no contexto social.
Atirar para as " calendas gregas " , passe a contemporalidade da ironia, a definição da Felicidade, remete - nos à inexequibilidade da Utopia em gradamentos do real possível, hoje.


O burrocrata nunca sabe o que fazer para o dia seguinte. As suas acções descolam - se do individual na mesma proporção da amoralidade do seu gesto técnico .
E quando a essas " fixações " se juntam as outras, as circunstancialidades psicológicas da matrix formadora dos Burocratas - Mor de Portugal de hoje, o resultado não surpreende - Anemia política.

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