sábado, setembro 14, 2013

IMPASSES...

" Uma imoralidade inadmissível " - Manuela F. Leite - posta perante as acções governativas, nomeadamente o projecto de redução brutal dos rendimentos dos pensionistas do Estado.

" Uma imoralidade defensável " - responder - lhe -  ia Maquiavel, o supressor da moralidade governativa e inventor da Burocracia, por inerência, nos assuntos de Estado, a não ser que a Ética seja, ela própria um instrumento da manutenção do Poder.

" Não há outro caminho " -  ecoam os Governos ocidentais mandantes e orientadores dos velhíssimos paradigmas que sustentaram a criação e a manutenção dos estados europeus.
Por cá, o P.Ministro, os instalados, os economistas de serviço e os Media capturados pela redutora incapacidade política e intelectual dos pensadores cristalizados pelo fim da História proclamado, papagueiam a denegação da interpretação e acção social transformadoras que o País exige.

A anti - democracia tem estado latente em cada tentativa de distorção consciente dos parâmetros que enformam a nossa jovem democracia, em nome de um pseudo - liberalismo que tem estado a sustentar a mais sufocante, rapace e imoral máquina administrativa dos últimos 40 anos da democracia portuguesa.
Isso tem sido possível porque o analfabetismo e a iliteracia que Salazar protagonizou como governo, mentor e tutor do regime durante quase 40 anos teve uma resistência diminuta, aquela que ainda hoje, honra lhes seja feita, está na trincheira do combate democrático por sobre a mentalidade conformista e bovina que ainda abarca largos sectores da população portuguesa, a instruída e a outra.

Ouvi dizer há dias que o espectro e a memória das Guerras Civis nos seus países têm sido o travão psicológico que trava o salto qualitativo no afrontamento dos cidadãos gregos, espanhóis e eventualmente portugueses, aos seus capturados e servis governos nacionais.
Pode ser que sim e as próximas eleições nos dirão da diferença entre o conformismo escondido por detrás das indignações e a revolta democrática.

" Quer se queira quer não, a vida humana é ocupação constante em algo futuro " diz Gasset e eu temo sobre o conhecimento do futuro entrevisto pela clique no Poder e sobre o labor deste Governo, porque, se o Estado é dinamismo, estão a fazer com que o País se perca..

Quanto à Moral na Política é conversa para depois...

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