domingo, abril 06, 2014

D' A ELITE DO REGIME XI

                                                 
                                                                    O CHERNE

Se o tempo é de balanço, façamo -lo, na perspectiva de um cidadão europeu...

A excepcionalidade de lideranças revelam - se nas CRISES, que, pela sua natureza anti - burocrática exigiriam um tipo de liderança de outro timbre que não a florentina Direcção, a sobrepujar o arrojo, a firmeza, a independência e a Visão, que deveriam marcar  a Comissão Barroso.

Eleito, com a oposição da França e da Alemanha e o apoio directo de Bush e do resto da troika que o apoiou na agressão ao Iraque, com a abstinência do resto da U.E, U.K de Blair e Espanha de Aznar, Barroso, na apresentação da sua candidatura prometeu uma " mão de cura " para os males que assolavam as relações azedas entre USA e a UE e cozinhou as palavras de circunstância  sobre a Estabilidade, Coesão e Crescimento no espaço europeu.
Se em relação à normalização das relações entre os parceiros das Democracias benzidas do Ocidente saiu - se bem até Snowden, o mesmo não se poderá dizer sobre a sua principal missão como presidente da Comissão europeia, onde actuou em plena subordinação à França e à Alemanha contaminando objectivamente o projecto europeu no que tinha de mais virtuoso - a Solidariedade - no sentido da aproximação e Convergência das nações menos desenvolvidas ao Club restrito liderado pela Alemanha.

A última CRISE teria sido uma oportunidade única de fazer valer as prerrogativas do cargo, se para tanto tivesse engenho e arte além da capacidade de resistência e apego ao cargo, remetido que foi ao papel de porta - voz dos Quatro numa Europa em expansão comunitária e em depressão política, económica e financeira.
Bruxelas tornou - se numa gigantesca repartição de Finanças e a Política, melhor a retórica política, despachada para um Parlamento cuja relação de força actual o tornou surdo e  imune aos sinais de uma degradação conceptual de um soberbo projecto que Dellors tanto acarinhou, está reduzida à vigilância e controlo de excessos orçamentais, sem grandeza, sem audácia, sem visão que ultrapasse as folhas do excel.

Para um presidente da Comissão que prometeu combater a Euro - apatia, o resultado dos seus esforços remetê - lo - ia a uma depressão prolongada se se não se desse o caso de ter estado simplesmente a cumprir directivas emanadas por quem manda.
E.... convenhamos, fê - lo com muito zelo. E deixou uma herança pesada que a contumácia tornou difícil de erradicar no futuro.