terça-feira, julho 08, 2014

EXERCÍCIOS PERIGOSOS

                                                           

                                                                 Saturno, Lucientes

A coligação que tem estado à cabeça do estado português, na linha da proclamada demolição do Estado anunciada, entrevisto como um travão à ocupação de apetecíveis áreas de negócios chorudos nas mãos dos investidores, continua empenhada num exercício de desestruturação do tecido relacional criado pós Abril.

O ataque malfeitor aos organismos do Estado tem passado, com a conivência do hoje ocupante da Presidência da República, pela redução demente dos seus funcionários ainda em actividade e na criminosa, porque ilegal,  ilegítima e cobarde, depauperação dos seus aposentados reduzindo - lhes impiedosamente a propriedade das suas pensões, coisa que nem o tribunal constitucional do país da sua tutora, Merkel, admitiu, enfáticamente.

Um Estado que localizou as suas gorduras a cortar ( termo seboso como o seu autor ) nos seus cidadãos DEPENDENTES dele e nas suas principais e OBRIGATÓRIAS responsabilidades na Educação, Saúde e Forças Armadas e age como um representante dos consórcios espoliadores do património nacional, não só reduz a sua capacidade de reverter a posse da sua soberania DENTRO da U.E., como atiça o ódio dos seus cidadãos ao que ele deveria representar. Uma estupidez programática na linha das pretensões explicativas de uma realidade embusteiramente tecida desde que os burrocratas nacionais se guindaram, em aleivosias programáticas, ao poder.

Tudo isso em nome de QUÊ? Em nome de QUEM tem - se estado a descobrir. Um estado - empresa, um fantasma paradoxal com a proposição apresentada em contumácia, é um exercício financeiro que brinca com a vida da população portuguesa. A intencionalidade, se for consciente, atira - nos para os contornos de um neo -realismo político que se auto - governa numa autofagia que começou pelo saturnino repasto que ainda persiste.