terça-feira, novembro 04, 2014

MACRO-POLÍTICA


Silva Peneda, presidente do Conselho Económico Social português, ex - dirigente e Ministro social - democrata num tempo em que a social - democracia era um objectivo programático do partido que hoje governa Portugal, teve uma antecipação virtuosa de uma Ideia no bisonho deserto de reflexão e acção política do espaço europeu de hoje governado pela Direita.
A antecipação proclamada deve - se a uma estranheza por aqui antecipada num post intitulado - Chega de etnofilosofia - em referência pouco abonatória de uma caracterização filosófica tida como uma idiotia conceptual, onde se pasmava uma estranheza pessoal, política, da falta de reacção concertada dos então PIIGS e não só PIGS porque incluía a Itália, ao diktaat austeritário do eixo - franco alemão aos países do sul da Europa.
O que então se deplorava e ainda se deplora, testemunhado no discurso políticamente correcto de Silva Peneda é essa incapacidade, em essência, de IDEIAS políticas que sobrelevem, como tais, a BURROCRACIA vigente, a gestão funcionária e meramente contabilística do destino dos povos através de uma ditadura orçamental instrumental, através do qual se contrabandeiam desígneos político - ideológicos uniformizadores sob a capa redutora e imbecil do - NÃO HÁ ALTERNATIVA.

Esse bloqueio ideológico, hoje transmitido e interiorizado através de um discurso repetido até à náusea, está a conseguir, democráticamente, o que as ditaduras anti - democráticas ( a redundância é propositada... ) costumam fazer.
Uma história futura destes tempos quase que se equivalencia, não em desenvolvimento técnico - científico ( um espaço de uniforme excelência civilizacional ) mas pela narrativa histórica imposta do discurso e projecções políticas e civilizacionais, à Idade - Média. A religião e os deuses é que serão outros, fácilmente identificáveis nas missas e nos hossanas proclamatórios.

A resistência dos povos em democracia são, pelo actual regime globalizante, vista como normal, como um direito democrático mas infelizmente, folclóricas, já que o tempo de consolidação dado ao sistema acaba, quase sempre, por produzir legislação perniciosa aos  interesses das nações, como entidade concreta e colectiva, que a alternância, quatro ou oito anos depois, por cobardia institucional, por táctica política ou sobre alibis vários, sobrepujados em incompetência e venalidade, acaba por inserir como definitivas no tecido legislativo do país como LEI que obriga a todos, incluindo nesse universo conformista a deploração faceada, a espaços, pela resistência da elite intelectual do país.
DESGRAÇADAMENTE, este filme tem passado por todas as capitais da UE. As interpretações é que variam, sobre uma realidade que circunstâncias transitórias mascaram a essência.

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