domingo, fevereiro 01, 2015

ECOS DA SEMANA I

VISÕES OBLÍQUAS

José Rodrigues dos Santos, numa reportagem pré - eleições na Grécia, fazendo uma avaliação caracteriológica dos gregos, tomou a árvore pela floresta e tentou conduzir - nos através dos falsos paralíticos subsidiados pelo Estado, que levaram a Grécia ao caos financeiro, à interpretação que a UE faz por vingar em justificação da punição devida aos madraços e corruptos europeus do Sul.

Subsídio de Inserção, lembram - se? Uma excelente ideia com provas dadas e que aproveitada por " marginais " para sacar umas massinhas ao Estado português deu o argumentário reaccionário com que a Direita atacou o projecto social.

Caracterizar um povo, o português manhoso, o grego corrupto, o italiano mafioso, o espanhol madraço, o irlandês tinhoso, exponenciando " atributos " preconceituosos ou mesmo atávicos da suas elites ou do seu lumpen tem sido um exercício perigoso levado a cabo por uma analfabeta raça de Burrocratas que pontua hoje, victoriosa, no topo das decisões sobre a vida dos europeus.
A um passo e recorrendo à História recente dos acusadores, essa Europa que também se pode caracterizar de fascista, nazi, colaboracionista como o foram os franceses, holandeses, húngaros, com o portador da mais demente interpretação política dos anseios de um povo - Hitler.

A memória, com Auschwitz, também fala de heróis da Resistência que dentro desses países, teve a coragem de dizer NÃO à barbárie e morrer lutando contra ela, desafiando o Pensamento Único, de cócoras perante a força, ontem da força das armas e hoje do dinheiro.

A victória do Syriza representa, no limite, um parar para reflectir sobre uma realidade política(!!!?) coberta sobre um espesso manto de cobardia, colaboracionismo servil e candidatos aos TACHOS com que a BURROCRACIA tem servido aos seus serventes.

Ouvir o Primeiro - Ministro português, Passos Coelho durante esses dias extraordinários, tecer comentários soezes sobre a Grécia e o livre e democrático direito de TER OPINIÃO e expressá - la na defesa dos seus interesses, deu - nos, em traços abrangentes, o funcionamento, AO VIVO E EM DIRECTO, dessa postura ideológica ( verdades, semi - verdades e mentiras estruturalmente enquadradas e apresentadas como indiscutíveis ) que a Alemanha e os seus aliados de ocasião postulam hoje na U.E.

A mim não me surpreendeu, nada.

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