terça-feira, março 01, 2016

MAIS UMA AUSÊNCIA...

...E DESTA VEZ, LONGA.

Fiquei sem a máquina, avariou - se.
Aproveitei para dar ordem aos meus livros e reencontrar - me com alguns autores que marcaram a minha geração, nomeadamente os existencialistas, tema de acesos debates e provocações - Sartre, Kierkegaard, Heidegger - numa época libertária, revolucionária, generosa, onde a possibilidade utópica marcou profundamente toda uma geração - a minha, a dos sexagenários de hoje.

O Homem é radicalmente livre e o único criador dos seus valores - pontuávamos, inebriados pelos sucessos contra as opressões que a Ordem, social, económica, colonial, política e moral estruturou até então - a Ordem burguesa - contra a qual se uniram as elites estudantis de então, os operários e... a Filosofia. Um choque epistemológico, diria Foucault, o desabar de velhas estruturas,os estruturalistas, com a nova abertura da Educação e da Ciência às massas, na ressaca da onda que varreu o Ocidente.

Apesar do pessimismo cínico com que hoje nos revemos na infindável Burrocratização do Pensamento no Mundo, no Ocidente, que dos anos sessenta, enquanto glorificávamos a Liberdade, as obreiras utilitaristas iam reestruturando, dos manuais escolares às Academias e às fábricas à boleia de um liberalismo oportunista que, cavalgando a abertura democrática contrabandeou - um choque de realidade - pragmatizam enfáticos, toda a generosidade humanista de uma geração.

Desgraçadamente, estão a ganhar. As consequências? Estão à vista de todos. A vingança está a ser cruel, já que são os nossos filhos os veículos e os protagonistas na nova Ordem[ !!!!??? ] mundial.

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