segunda-feira, janeiro 08, 2018

PORTUGAL/ANGOLA

INCOMPREENSÕES SOBERANAS E...

...MÁS DIPLOMACIAS

" Esta coisa de haver nações - irmãs dá sempre merda, já se falou disto atrás mas que se dê mais uma achega ao assunto " - OLIFAQUE - João Magueijo

Inaceitável, o que se prefigura como uma chantagem inadmissível da liderança de Angola sobre o sistema político português, ponto.
Vejamos...
Perante o quadro de acusações do Ministério Público português ao ex - vice presidente de Angola, Manuel Vicente, entre outros altos dirigentes angolanos, arguido num processo de corrupção de um procurador português pelo arquivamento da investigação de crimes atribuídos a Manuel Vicente e eventualmente aos casos que lhe coubessem investigar, a troco de vantagens materiais e ocupação de lugar de relevo em instituições onde o Estado angolano, em Portugal, geria, Angola brandiu, numa primeira fase a imunidade diplomática do seu , na altura vice - presidente e agora a transferência do processo à sua soberania.
Esta abertura, suavizaria, de algum modo, a intransigência do Ministério Público numa matéria exemplar que contempla um dos seus e da qual difícilmente cederia e abre espaço a uma diplomacia subterrânea onde os interesses de Portugal, na parceria económica que almeja fortificar em prol dos portugueses aí residentes como colaboradores  e das empresas exportadoras, seriam salvaguardados.

Não me espantaria que a Magistratura portuguesa, dominada pela Direita, no quadro dos interesses ideológicos em presença hoje em Portugal, tenha a tentação de complicar a vida do Partido Socialista no governo, numa intolerância superlativa à superação deste caso e projectar as consequências para a luta partidária. Daí ser uma obrigação do Ministro dos Negócios Estrangeiros, da Justiça e do governo em geral e o que resta da visão de Estado do PSD, a resolução temperada deste impasse, pelo que as declarações públicas enquanto funciona a diplomacia serão, de todo, contraproducentes.

Essa terá de ser a posição do Estado.
A minha..., não me perguntem.

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