sábado, fevereiro 17, 2018

PSD/ R.R.



RUI RIO, presidente do PSD

O VERBO E A ACÇÃO

A tomada de posse do novo líder do Partido Social Democrata português, em substituição de Passos Coelho decorreu num ambiente políticamente correcto, mau grado as tensões e os recados que, de fora, os opositores ao homem do Norte, iam enviando sem nenhuma subtileza, tentando condicionar -lhe, se não o discurso, a pose.
Debalde, já que aconteceu o que daqui se previa aquando da sua vitória contra Santana Lopes nas eleições do partido. Rui Rio não se deixou intimidar e, em nome do " interesse nacional " que é todo ele uma estratégia ideológica e partidária, demoliu, com subtileza q.b. o condicionamento, que já Santana Lopes e seus apoiantes tinham lançado sobre a liderança, qualquer liderança que surgisse, no resultado das escolhas dos militantes.
Rui Rio terá ganho o partido devido à força do aparelho partidário que o acompanhou, terá afirmado S.Lopes, que teve do seu lado os barões, provávelmente a maioria dos dirigentes nacionais e ... autárquicos. Os militantes, os fazedores dos líderes, foram liminarmente descartados dessa equação e... foi o que se viu.
 Ora, desta vez não funcionou o jogo dos manipuladores dos congressos e dos intriguistas e isso só pode ter sido bom para o partido. Houve uma mudança clara e, apesar do discurso de união, penso que a afirmação da liderança começou bem ao separar as águas entre o interesse nacional de médio e longo prazo e os imediatos das clientelas partidárias do Poder.

Quer queira quer não, terá de proceder a uma limpeza do balneário, na estrutura e modo do funcionamento do seu partido, subliminarmente sublinhado nas entrelinhas do seu discurso de posse, ou então enfrentará uma guerrilha permanente que a provável derrota nas eleições que se avizinham transformará em guerra total.



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