sábado, agosto 10, 2019

GREVE

CONTRA TUDO E CONTRA TODOS

Ainda não me tinha dado conta do meu silêncio sobre esta movimentação dos motoristas de matérias perigosas. Um assunto que, pela sua seriedade e pelas reacções desencontradas que, fatalmente, pela abrangência dos seus efeitos sobre toda a comunidade empresarial, pequena, média ou grande e pela incidência directa no mundo do trabalho, merecia contenção de análise.

A ambivalência que, quero crer, tolheu a Esquerda partidária e todo o cidadão que se reclama desta área ideológica e este cidadão, justificou a lentidão dos partidos, todos, na definição das suas posições a esta greve anunciada.
Com o avolumar da incomodidade da população em geral, perspectivando dificuldades de movimentação por falta do abastecimento dos postos de combustível,  tornou - se clara a impopularidade desta greve junto a todos os sectores da sociedade.

Amanhã veremos, no caso de não haver suspensão da greve, a resposta das autoridades à inflexibilidades da Antran e do Sindicato dos motoristas de matérias perigosas.
Pela novidade logística de implementação de tantos meios de contenção de danos, sua monitorização em tempo real, o Governo que, a dado passo quis ser o elemento congregador do diálogo e compromisso entre as partes em conflito, creio eu, não será alvo de grande censura por parte dos cidadãos caso falharem alguns passos nessa actuação.

Eventualmente, para as forças "inorgânicas " bem identificadas já, que lutam contra este Governo e o estado actual das coisas, favoráveis a uma eventual maioria absoluta ( um pesadelo ), quanto mais caos, melhor.
Os Media, esses, explorarão com contundência qualquer falhanço visível e abundarão as adversativas,  mau uso verbal e as coordenativas "e" baterão na madeira quando, em qualquer balanço positivo das respostas operacionais do Governo, tiverem de... aplaudir

Sou sempre solidário com a luta dos trabalhadores em defesa dos seus interesses profissionais e de classe. Neste caso particular desta greve " cheira  me " a qualquer coisa que está velada e que não consigo identificar com clareza; impressão minha, talvez, como estranha tem sido a radicalização da Antran.
O Governo esse tem de ser dialéctico, sem assustar o mundo sindical.

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