CDS
O ex- presidente do CDS encontra - se num processo de aproximação ao seu antigo partido no que tem encontrado muitas resistências por parte dos seus ex- camaradas (salvo seja! ).
Manuel Monteiro, deu uma entrevista ao jornal Público (20/11) onde caracterizou o estado actual do Partido e a sua aparente deriva ideológica num Estado capturado por interesses corporativos.
Por outro lado, deplora que " substituímos os filósofos e os ideólogos pelos especialistas. E, quando o fazemos, derrotamos a política e a democracia ".
Lendo a entrevista deste conservador de Direita, intuo em vários passos desta e deduzo em outras afirmações, as razões do descalabro político de uma Direita lusa, nomeadamente do CDS e o relativo " pantanal " em que se encontram as Instituições do Estado Democrático, aqui e por todo o lado, onde vai perdendo posições humanistas e civilizacionais em prol das Corporações e da Burrocracia.
Aparentemente, nada se aprendeu com as sucessivas crises do sistema e fatalmente acopladas as do regime. " Estados sequestrados por lobbies, corporações e interesses que não dizem nada ao país ", sintetiza Monteiro, apontando o dedo à fraqueza do Estado na " revitalização da própria sociedade e a defesa do país ".
O esvaziamento da Política que não da política, do " seu ideário e profundidade ", foi sendo substituído pela gestão tecnocrática, pela Burrocracia especialista e pela retórica discursiva, redundante e desdramatizante.
Interessante mesmo, foi a maneira como " ouvi " Monteiro, um político conservador de Direita, como nunca ouvi P. Coelho, Cristas ou Montenegro e tento ouvir Rui Rio, o líder do PSD. Nisso, está o mérito das projecções políticas, da capacidade de tornar inteligíveis as mensagens e fazer - se OUVIR às orelhas desatentas.
O CDS popularucho de Cristas que quase desapareceu nas últimas legislativas, tem, nas palavras de Manuel Monteiro,matéria para pensar o país e o partido e... revitalizar - se. A bem da Democracia.
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