segunda-feira, dezembro 30, 2019

BALANCETES

 NADA É MEU

" Se realizo a fundo o inventário das apropriações, o EU converte - se numa forma vazia,numa palavra sem sentido próprio " ...
... " Onde está pois o núcleo profundo e autónimo de que nenhum outro participa que não foi gerado por nenhum outro e que se possa chamar verdadeiramente meu? Serei, na realidade, um coágulo de dúvidas molécula escrava de um corpo gigantesco? E a única coisa que acreditamos verdadeiramente nossa - o EU - talvez seja, como tudo o mais, um simples reflexo, uma alucinação de orgulho" - GOG - G. Papini

E...
... Quais serão as referências, intelectuais, políticas, científicas, éticas, morais, da geração que despontou no século XXI? E quais foram, de facto, as da geração precedente?

Se nos tornamos todos nietzcheanos, como a realidade se me apresenta, morta a visão unificadora, demolida na bigorna da perspectiva unipessoal e na retaliação relativista, o bigodudo impera por sobre toda a idealização e o Real mais não é do que uma projecção individualizada.

Pelo que... construindo simulações, entraremos em 2020. Patético e desolador.


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