segunda-feira, outubro 31, 2005

PAPAGAIOS

A propósito da " comemoração !!!? " dos 250 anos do terramoto de LISBOA, cujas repercussões se estenderam a toda a Europa de então e abalaram profundamente a FILOSOFIA vigente, " surgiu-me" do fundo da memória as palavras de um texto do manual da 4ª classe relativas ao abalo. " Na manhã do 1º de Novembro de 1755 a cidade de Lisboa estremeceu, abalada profundamente e começou a desabar: casas, palácios igrejas, tudo, tudo ruía. Eram nove horas, dia de Todos-os Santos; as Igrejas..."

De repente, excitado pela lembrança destas palavras, dei por mim a recordar "começos" de textos do manual relativos a matérias várias. Ainda me lembro das palavras de SALAZAR num texto sobre o Comunismo que rezava assim: " O comunismo é a subversão de tudo. Na sua fúria destruidora não distingue o erro e a verdade, o bem e o mal, a justiça e a injustiça..."

Puxando ainda mais pela memória, vêem-me as palavras de um outro texto, cujo autor calculo ser EÇA " Amarilis rogava um dia a Lereno que lhe trouxesse um ninho de implumes passarinhos, que do alto de um ulmeiro..." E por aì adiante surgiram-me os sistemas montanhosos do País, como o seguimento destas serras...Caramulo, Buçaco, Sicó, Estrela, Aires, Candeeiros... e parei por aqui.

É extraordinário o efeito que o sistema de ensino, baseado na memorização, provocou nos idos anos do Fascismo...
O que nos valeu, foi que essa capacidade que nos foi imposta ajuda-nos hoje a ter uma MEMÓRIA clara e cristalina do que foram os tempos de então... e a memória, nos tempos que correm tem a capacidade de nos " blindar " às investidas cujos cheiros já tomamos à distância... e isso é um bem.

Sem comentários: