sábado, setembro 16, 2006

DO PAÍS DAS OPORTUNIDADES...

Pois é... não foi preciso esperar muito tempo sobre a previsível pressão do P.R. e dos apaniguados que lá o puseram, sobre a governação Sócrates. Aliás, esse canto de sereia de co - habitação colaborante por parte de Cavaco só enganará os ingénuos.
Ao primeiro sinal de " abertura " do PS, pela assinatura do Pacto na área da justiça, a alcateia viu, neste " País de oportunidades " uma brecha para cravar os dentes.

A Previdência, pelos milhões que movimenta, sempre esteve na mira dos lobos e dos seus lacaios. Essa cobiça já é antiga e, criados paulatinamente desde há décadas os pressupostos que " justificarão !!!?" a sua reforma, com sucessivas flexibilizações das leis laborais e criação de contratos a prazo com o seu cortejo de precaridade e empobrecimento das contribuições à Segurança Social, a par da campanha mediática da sua falência a prazo, chegou!!!? o momento esperado, pelos que muitas vezes à frente dos destinos desse grande fundo financeiro, para reclamar os despojos depois do saque.

A obscenidade, companheira inseparável da gula e da amoralidade é evidente e a preocupação desses " homens de negócios " é a mesma que os nortea no esvaziamento de todas as armas que o Estado tem para fazer face à fundamentação da sua própria existência - cuidar da sua população e não dos que dela se alimentam como vampiros.


O PAÍS DAS OPORTUNIDADES II


O " faz-te pela vida ", anexado ao comportamento esperado e aceite e o desenrascanço, tornado prática louvável, estão na base e na origem da corrupção em Portugal. A verticalidade com que atravessa todos os estratos económicos sociais e políticos do País e as faces que apresenta em todas as actividades, da mais corriqueira à mais nobre, leva-me, sem cair no odioso da afirmação a acreditar que ela está inscrita no código genético do País.

O próprio raciocínio, eivado de má-fé, estribado numa cumplicidade interesseira e acrítica pelo mundo que o rodeia e uma inveja malsã e universal pelo exterior do seu quintal, fazem-no estender esse carácter na abordagem de tudo o que à sua vida lhe diz respeito.

A matemática, esse mundo incorruptível, é-lhe um mundo estranho, porque aí, a linguagem trôpega e de duplo, triplo e sei lá... sentido é inaplicável e inaceitável.

Claro que o carácter se forma e a opção de se ser um patife funcional ou de facto é sempre uma escolha pessoal e...intransmissível. Os resistentes bem avisam " NÃO HÁ VOLTA A DAR-LHE " , no sentido de tomar as opções correctas e desunham-se a explicar o que a alcateia pretende.

Mas que é uma luta árdua e sem fim próximo também é uma verdade. É tudo uma questão de coragem e de, caso seja necessário, MAIORIA ABSOLUTA.

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