domingo, setembro 10, 2006

ESTA LUTA SEM TRÉGUAS...

Em tempos conturbados de emissão de opinião e crítica à nossa vil condição de então, de filhos menores de um Estado propotente e ancilosado na ignorância, incultura e religiosidade, eu seguia e admirava a coragem dos " resistentes " da República e da Capital que com as suas crónicas diárias nos punham a par do estado da Nação e apontavam os culpados, zurzindo de caminho a indolência mole e a covardia induzida pela Pide e os seus lacaios.


Sousa Tavares foi um dos nomes desses mensageiros.

Outros tempos, outros nomes, outras lutas, outras vozes, que o aperfeiçoamento do Homem terá de ser uma batalha contínua, têm aparecido a combater nas mesmas trincheiras " essas coisas que nunca mudam ", incansàvelmente.

M. Sousa Tavares tem-se distinguido desde há anos, pela sua postura ética, na primeira linha da denúncia da falência da MORAL na consciência dos seus conterrâneos, principalmente daqueles onde ela deveria, por imperativo da sua condição, estar sempre - o aparelho do Estado.

Nos nossos tempos, os moralistas e os pacifistas, assim mesmo, sem aspas, têm sido vistos como seres aberrantes, à cuja postura de abelhão irritável e irritadiço se tem acrescentado abusivamente uma aura de " santidade ". É que esse atributo torna mais fácil o ataque ao humano da sua condição quando não há argumentos para a defesa das ferroadas. - Cá te espero... ruminam enquanto aguardam pela queda do juíz. O diabo é que o moralista é intelectualmente honesto e isso distingue-o dos patifes e sabe " vigiar " as suas incoerências e as suas tentações de humano e conhece os limites e as contradições do Bem como Mal e do Mal como Bem. E faz uso desse conhecimento para se tornar um homem melhor, pelo que os outros também são capazes de o fazer.

É uma opção ser ou não ser um patife - não um determinismo humano.

Façam o favor de não desistirem de vergastar os velhacos quer habitem cantos de montras ou salões da realeza, ó moralistas de todo o mundo.

EU SOU UM MORALISTA!

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