domingo, junho 10, 2007

CIMEIRA EUROPEIA

Vem aí a presidência portuguesa da Europa e um dos assuntos que Portugal considerou e bem como prioritário foi a África, um relacionamento que se quer novo com esse magnífico Continente cujo futuro foi adiado há já demasiado tempo, tanto por culpa dos ocidentais como pela ainda, infelizmente, corrupta classe dirigente.

A Europa teve uma relação priviligeada com esse continente e, aparentemente, com excepção da Grã-Bretanha e Portugal, parece que nenhum outro País está em condições de dialogar positivamente com as suas nações.

Em resposta a perguntas feitas por jornalistas, foi-me penoso ver que nas vésperas da Cimeira, lideres europeus como Joseph Daul ( presidente do PPE ), J. Martin Schulz, ( presidente do PSE ) associaram os direitos humanos de maneira tão determinante a qualquer desenvolvimento futuro das relações.

Sejamos claros: exigir "a priori" e tão enfáticamente esse desiderato cultural ( civilizacional para os ocidentais ) a um Continente que também por culpa nossa, ainda luta contra a fome, a miséria e pandemias, pela SOBREVIVÊNCIA, em suma, é pôr o carro à frente dos bois.
Aquilo que na Europa é hoje uma obrigação moral - os direitos humanos- foi uma árdua conquista obtida ( !!!? ) depois de resolvidos ( !!!? ) os problemas tão básicos hoje entre nós -a sobrevivência.

Não globalizar a toque de caixa o que não é possível fazer, não sermos hipócritas na criação de alibis para deixar passar mais esta oportunidade de RACIONALIZAR de vez, com acções construtivas, desarmadilhadas, as solidariedades efectivas que os líderes africanos esperam e desesperam, quando se deslocarem expectantes a Lisboa para ouvir da Europa o que deve ser ouvido.

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