sábado, agosto 16, 2008

PERPLEXIDADES RECORRENTES....

"Com a entrada de tropas de Moscovo em território estrangeiro assiste -se à maior violação do direito internacional do pós - guerra fria ( !!!!???? ) - Jacinto Paixão - Expresso 15 / 8 / 2008

Já se fala em levar Putin e Medvedev ao tribunal de Haia, só que a chatice é que - a lógica e justiça ( !!!??? ) dos vencedores - aquelas de que falava Nietzsche - e que nos últimos tempos têm somado patifarias e despautério deixam de ser verdadeiras quando os adversários são a Rússia ou a China.

Hoje, a liberdade tornou - se um conceito tático e estratégico por um lado e cínico, manipulável e manipulador por outro; uma virtude, sem aspas, que esvaziada do seu conteúdo moral se tornou um termo abstracto e vazio usado consoante as conveniências do portador.

Vejamos:
Eu acreditava que o ser livre transportava consigo uma responsabilidade que obrigava TODOS às consequências do seu mau - uso sob o risco de menorização e inconsequência da sua universalidade social e da sua posterior neutralização.

A liberdade teria de ser um conceito cívico e só então jurídico. O abastardamento e a inversão da sua natureza sempre levaram à criação de sociedades tuteladas, ditatoriais e à redução dos cidadãos livres a meros receptáculos de decisões de luminárias culturalmente indigentes, política e criminalmente impunes.
Com as nuances devidas esse tem sido o conceito de liberdade no Ocidente, cuja tentativa de globalização tem custado milhares e milhares de vítimas. Esse simulacro de liberdade exportado como o fim da História de um Ocidente que desistiu de reflectir sobre si próprio, funciona, quando instalado, por inércia, por crença, por cumplicidade, por cobardia, por venalidade, por obliteração, por estupidez e por conformismo.

É o que acontece quando o jurídico ( queijo suíço atulhado de alçapões) precede a norma, o social.
De conceito interiorizado, aceite, na base do bom - senso e da educação sobre o Bem e o Mal, passa a ser um instrumento político moralmente vazio, já que o cimento unificador, a Ética, tende a desaparecer das nossas ligações neuronais e pelo que a realidade nos demonstra em cada dia que passa o ritmo é exponencial.

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