sexta-feira, outubro 16, 2009

A BANCA

A última crise económica e financeira teve a sua origem na Banca e provocou um mero frenesim aos analistas da conjuntura a par de uma desavergonhada pedinchice por parte dos Bancos éticamente irresponsáveis, ao Estado, aos contribuintes, sobre os quais exerce sem apelo a sua carnificina financeira., enquanto desgraçadamente conduziu, pela crise económica, o recuo das perspectivas de melhoria de muitas Nações.

Desde Pareto, com a sua utópica projecção de repartição dos rendimentos no equilíbrio social e económico dos países até à descoberta dos ciclos económicos pelos burocratas keynesianos, cujo alcance e interpretação dos mesmos foi levado ao paroxismo pelos ultra - liberais de Adam Smith, até ao aparecimento dos pensadores da conjuntura que a necessidade do controlo pelo Estado das leis do mercado era uma obrigação moral ou social, se preferirem...

Até há pouco tempo, nem os prognósticos da Besta - a conjuntura - ajudaram na procura e manutenção do débil equilíbrio que em situações favoráveis costuma aparecer.
E porquê!!!?

Porque pura e simplesmente esses pesquisadores da conjuntura estão ao serviço do Capital e não dos Estados.

É uma luta desigual que só um Estado forte, indo de encontro à efectiva raíz e suporte da força de bloqueio - a BANCA - , regulando as suas leis, cujo sentido único na procura permanente de mais sobreacumulação de lucros e no apoio desenfreado dos monopólios desconhece ou despreza a sua função social que também esteve na sua origem.

A reacção da Associação Portuguesa dos Bancos ( A.N.P. ) às ainda débeis normas do Governo no sentido de proteger os utentes mais fracos das, no mínino amorais disposições da Banca sobre o livre arbítrio com que põe e dispõe sobre a vida de milhares de portugueses, é sintomática e velhaca.
A ameaça de que a parcela subtraída pelo Governo iria ser reposta de uma maneira ou de outra e que quem pagaria seriam os utentes agora protegidos, já teve resposta pronta do Governo que promete estar atento.

E que tal um upgrade? Que tal cumprir com a promessa estatal de aumentar as contribuições sobre os escandalosos lucros, que ufanos exibem, mesmo numa época de crise e penúria mundiais?

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