sábado, julho 03, 2010

DO PATRIOTISMO, QUIXOTISMO, CINISMO...

...e outros ismos revelados pelo caso P.T / TELEFÓNICA.

Tudo leva a crer que, a não ser que haja uma mudança ou abandono do sistema ou do regime,a própria lógica que os sustentam levará fatalmente à aquisição da Vivo pela Telefónica. Porque quer, porque pode e tem dinheiro para isso.

Sócrates sabe -o e a sua posição de sincera resistência à consumação hostil do negócio contra os interesses do Estado Português tem profundas motivações estratégicas, a longo prazo consequentemente, que o aparente quixotismo da luta sobreleva para o campo de puro patriotismo.

" TUDO TEM UM PREÇO ", ouvi da boca de um prócere capitalista que há pouco tempo defendia a conservação em território nacional das decisões estratégicas da economia do País, para justificar a " traição " e a " maleabilidade " do patriotismo.
Não está porém sózinho o Sr. Ricardo Salgado. Poucos dias antes ouvi a mesma enormidade da boca do sr.Belmiro de Azevedo.

Essa é a diferença que a metáfora consubstanciada no " só por cima do meu cadáver ... " do Sócrates e " tudo tem um preço... " dos outros.

A lição para memórias futuras o P. Ministro está a tirá - las nos dias que correm. É que NÃO HÁ COMPATIBILIDADE ENTRE OS INTERESSES DO CAPITAL E DO TRABALHO, sem o equilíbrio que a IDEOLOGIA, no caso de ESQUERDA,terá de impôr, nomeadamente quando, em Democracia, está no Poder.

Caso contrário, a traição dos estados sobre a qual reflecti há dias, acrscida à traição ideológica dos governos que se dizem de esquerda exponenciará a tremenda batota que enferma as democracias ocidentais.

A solução terá de passar pela ilegitimização deste Poder e da sua prática. E num mundo que aos poucos está a ser DOMESTICADO PELO SUPÉRFLUO, que o Consumo irracional ( a produção não pode parar... )sustenta e orienta com falsas necessidades,só uma acção Global poderá ter sucesso, uma UTOPIA POSSÍVEL e fácil onde só chegaria a nossa vontade, a nossa liberdade de dizer NÃO, não votando.

ABSTENÇÃO GERAL E CONTINUADA ao sufrágio, portanto.


São 17:20

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