quinta-feira, setembro 30, 2010

FRACASSOS...

Uma das características marcantes do sistema capitalista tem sido a aleatoriedade que marca as suas " projeccões " de futuro a médio e a longo prazo.
A razão principal dessa incapacidade de prever, com margens aceitáveis de erro, prende - se com a negligência associada a um elemento essencial na resolução das equações financeiras e económicas que é o CIDADÃO,do sem-abrigo ao Madoff.

A imprevisibilidade sempre presente no seu comportamento, associada à sua definição ética,remete, nesse espaço de liberdade que o sistema exige,à adivinhação do real imaginário sobre o qual se comprazem os teóricos, os políticos e os leitores das folhas de chá - os economistas.

O abandono de facto da planificação do Estado, qualquer Estado,hoje remetido a uma visão ÚNICA, a do Ocidente, deixou essa obrigação aos especuladores financeiros, que donos de um espaço formatado por eles - o do Direito, reduziram o planeta a um gigantesco CASINO.

Entrámos num mundo cego e que está à mercê do acaso que se acentua brutalmente em vez de ser reduzido ao mínimo antecipando as suas ocorrências, na Natureza e no espaço das Nações e dos Estados.

Em tempos referi-me por aqui ao fracasso da Política. A sua decadência, remetida à mediocridade dos seus títeres e à infantilização mórbida do CIDADÃO,está a criar o caldo perfeito para o regresso ao CHIQUEIRO.

Portugal entrou para uma sala de jogo onde as regras estão feitas para um tempo do qual está em atraso de décadas e não soube preparar - se para a corrida.

As consequências estão aí...

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