quinta-feira, fevereiro 03, 2011

ANARQUIA, JÁ!

A minha satisfação pelo que se está a passar no mundo árabe a reboque da revolta popular tunisina, às claras no Egipto e subterrâneamente já nas suas monarquias, é plena.

Há tempos perguntava eu - Será que as democracias se sentem assim tão seguras que se permitem tais ofensas aos povos que representam?

Basta já do absurdo que certos regimes contemplam hoje como uma fatalidade, a que a maioria da população não consegue fugir.
Sempre produto das circunstâncias que fazem do SAPIENS um ser imaturo e reiteradamente de fraca memória da sua história assim que a sua Vida ( sempre vista uniliteralmente ) entra, a espaços, nos " eixos ", as revoltas populares, puras na anarquia que as sustentou e sustenta, tendem, assim que enquadradas, a perder o élan transformador que as despoletou.

Não, NÃo, NÃO, até que os " enquadradores " encartados cumpram o que a revolta pede e exige, sem negociadores nem representantes fácilmente racionalizáveis pelo bom-senso dos gabinetes, a não ser a consciência interrogada das massas, aferidoras das disposições dos burocratas em cumprir as proclamações exigidas.

Então, haverá espaço para a legalidade que a legitimidade popular trouxe à rua e quer fazer LEI.
A desmobilização não pode ser para já. Ainda não, pese a pressão dos USA, UE, ONU ou Liga Árabe.

É que eles foram parceiros mudos e espectadores desinteressados da sorte das populações que normalmente SAEM À RUA em revolta.

Ainda não!

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