domingo, fevereiro 27, 2011

DA COMUNICAÇÃO...

Há, por vezes, um hermetismo no discurso académico perante o qual o leigo só poderá ter uma única posição - de cócoras - intimidado pela barroca doutrinação ou gargalhando desalmadamente até mais não poder.
É que qualquer tentativa outra na postura que pudesse sugerir uma alternativa válida de compreensão do que se lê ou ouve, está votada ao fracasso ou a uma violenta indigestão.

Quando esse pedantismo bacoco se manifesta, não só no seu espaço de eleição - entre iguais - mas também em macacadas travestidas de " complexidade " e " estilo ", porque trôpegas no manejo natural do que se assimilou, neste caso a LINGUA, o resultado é desastroso.

É preferível, em todo o caso,a " incultura " do uso canhestro da Lingua, desde que se faça entender o que se quer transmitir, à caótica e opaca justaposição de palavras que enegrecem o texto e o raciocínio do seu autor.

A Comunicação resume - se à transmissão clara do pensado, directamente ao interlocutor ou através de um texto, levando - o a acompanhar - nos no nosso raciocínio, por vezes à cata de " verdades " e outras vezes só pela emoção de Conhecer reconhecendo - nos noutras maneiras de ver e sentir em suas fundamentações outras.
Qualquer expulsão à partida, transmitida pelo coturno industriado do emissor anula a comunicação, mesmo entre iguais.

As metáforas evangelizantes de Cristo são um exemplo perene das quais as epístolas " doutrinárias " modernas se afastaram, quanto mais não seja na sua eficácia como transmitir filosofia a leigos.

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