sábado, julho 13, 2013

ULTIMATUM?

NÁAAA!


Uma proclamação, para ser transparente, clarificadora, incisiva, definitiva, irrevogável, mobilizadora, tem de ser capaz de pôr as condicionantes argumentáveis num ghetto, género - É assim ou sopas!

 E quando se tem a legalidade e a legitimidade constitucionais e democráticas a sustentá - la, a viabilidade e a força para a defender mormente junto de quem as atribuiu, mais se deplora a contingentação que aflora o discurso da presidência da República.

O discurso do P. da República já teve todas as interpretações que a sua abrangência tornou possível, como tem sido hábito nos discursos da Presidência do Portugal democrático; basta lembrar os discursos herméticos do Eanes, Sampaio e nomeadamente os discursos cavaquistas anteriores.
Cavaco tem uma interpretação restritiva e minimalista dos poderes da Presidência num estado semi - presidencialista e age em conformidade.

Os acontecimentos decorrentes da demissão de Gaspar e do Portas, com interpretações pessoais e amplas das suas funções e do que sejam os interesses nacionais terão sido um choque que o fez abandonar o low-profile e... agir, tendo em conta que...

O condicionalismo histórico com que se depara o país tem sido a justificação pressionante sobre irrevogabilidades, das quais nenhum partido do chamado " arco do Poder " se pode alhear sob o risco de futuras penalizações eleitorais. Cavaco hoje só tem a temer o julgamento histórico e finalmente ousou aplicar uma das suas prerrogativas constitucionais - a magistratura de influência - , não já de apoio institucional à maioria eleita, cuja irresponsabilidade política testemunhou e deplorou mas de obrigar a um compromisso de salvação nacional aos directamente responsáveis pelo estado actual do país, TODOS  os partidos políticos, nomeadamente o PS o PSD e o CDS. E... aparentemente, quer ficar de fora até ser obrigado, em 2014 a usar a bomba atómica, a dissolução da Assembleia da República, fazendo - se representar por um homem bom, denunciada que estará a sua parcialidade política.
Cometeu um erro político de estalo que foi o ter ostracizado, anti- democràticamente, diga - se, as forças sociais que pelo seu empenhamento mobilizador e social são capazes de sabotar soluções que as relega à insignificância, assim como as interpretações próprias sobre o país, a troika e a UE e forçar ou tentar forçar as lideranças partidárias, mormente o PS, ao engajamento total com as suas teses.

Terá o actual líder do PS, Seguro, capacidade de escapar às armadilhas e às sub-reptícias culpabilizações futuras que o discurso de Cavaco endossa ao partido?

Convenhamos e sejamos sinceros - o discurso do P.R. surpreendeu - me, pela imprevisibilidade...
Ninguém diria...

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