sexta-feira, dezembro 06, 2013

REFERÊNCIA



MADIBA

No momento em que desaparece a última referência planetária do Homem Bom, releva - se o aparecimento de Francisco I como seu substituto na cena mundial pelo que ameaça vir a ser uma Voz incómoda ao niilismo e ao abandono das obrigações atreladas à nossa racionalidade e às nossas capacidades consequenciais para a agregação harmónica e equilibrada com o resto da espécie.

No meio da tristeza pelo adeus a Mandela, torna -se penoso ouvir os líderes mundiais referir - se ao seu legado, apontando - o, hipócritamente, como uma referência moral e política; não o foi certamente para eles, cuja compreensão do alcance da vida do ex- guerrilheiro e do prémio Nobel da Paz, do seu despojamento anti - narcísico, da sua coragem física  e ética e da sua capacidade de compreensão das circunstâncias que sobrelevam as imperfeições humanas, foi, aparentemente NULA.

De todas as mensagens ouvidas, nenhuma e não será certamente coincidência, foi mais lapidar e autêntica na caracterização do que se disse acima, do que aquela pronunciada pelo nosso actual primeiro-ministro, Passos Coelho - " ... será uma referência inspiradora PARA AS GERAÇÕES FUTURAS... " , já que para esta não o foi, seguramente, e refiro -me às " consciências isoladas " diagnosticadas pelo Papa das quais os líderes actuais fazem o pleno, com tangenciais excepções.


ADEUS, MADIBA, AS MINHAS HOMENAGENS!

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