terça-feira, fevereiro 18, 2014

UM DIA FRIO ( 3)...



Uma das consequências da demissão filosófica prende - se ao abastardamento da Democracia, à contaminação dos seus pilares essenciais dos quais a Justiça, apoderada por uma franja selecta das elites nacionais assim como a Política, despojada das suas preocupações éticas, reflectem o travão que a censura democrática, também ela reduzida a folclore picaresco, sofreu como condição à própria existência de uma realidade democratizada.
A Burocracia, essa dama maldita no tempo da antiga URSS esqueceu - se do Planeamento e deixa - se planear do exterior dos estados à medida em que se vai construindo numa monstruosa arquitectura hiper - controladora da Vida dos cidadãos e dos Estados, aliciados numa perda de soberania que esgota qualquer discussão exterior e ulterior aos mandamentos da cabeça do monstro que qual hidra maléfica paralisa a acção e o pensamento sob um soft diktaat neo - fascista.
Antes que leve um elogio fúnebre e terminal sobre a ingenuidade por parte dos novos pregadores da Democracia globalizante, da Nova Ordem, atentemos nos absurdos últimamente saídos dos patriarcas da UE...

O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, face à iminência da independência da Escócia, ameaça com a impossibilidade de adesão, como país independente, ou permanência na UE, antecipando e balizando, como se tivesse autonomia para tanto, qualquer discussão que sobre o tema, obrigatóriamente, deverá ter lugar, ameaça já reiterada aos catalães.

A mesma atitude de controlo,( pouco importa aqui a substância iníqua para o caso em apreço... ) se está a construir sobre a Suíça e a sua votação anti - e(i)migrantes - uma imposição federal a um estado independente, exemplarmente exercitado no resgate financeiro sobre as culturas e modo de viver católicos dos países do Sul europeu aos quais se quer impôr com os " custe o que custar " de títeres deslumbrados, a nova religião esclarecida, democráticamente, é claro!

Uma velhota portuguesa, reportada na TV, contava prazenteira a maneira como foi aliviada das suas compras por um simpático gatuno que lhe terá oferecido ajuda para transportar os sacos, o que fez, literalmente, quando os teve na sua posse.
E ria - se com o absurdo cómico do seu engano, como uma criança que, maravilhada, se interroga - Como foi possível? - com os truques de um ilusionista, alegremente feliz pelo engano induzido.
Assim estão os cidadãos europeus mais penalizados pela Nova Ordem, num idílio perverso com o abate de valores que nos formataram.
Assim tem estado o Pensamento Europeu - BURROCRATIZOU - SE e de relativismos a  perspectivas desconstrutivistas, vai traindo os seus propósitos na ausência de Censura às falsas construções que nos vão sendo apresentadas como produto acabado.

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