quinta-feira, setembro 11, 2014

COSTA / SEGURO - 3




                                                        NADA MUDOU, ENTRETANTO...

O DEBATE

UM DADO ESCLARECEDOR - Seguro não foi capaz de criticar uma única ideia ao seu contendor. Fê -lo sómente num terreno tão escorregadio e movediço, cujo controlo programático escapa a voluntarismos eleitorais - o da Dívida.
Ao incidir o foco sobre o que as circunstâncias e no reforço das resistências que o BCE e a nova Comissão ponderam sobre o assunto, Costa esvaziou o protagonismo oportunista, assim como o fez à apropriação saloia ( de chico - esperto, o saloio não tem nada a ver com isso... ) dos objectivos programáticos do PS como se de emanação própria tivessem origem.

O exagero do discurso de vitimização ,a par da colagem de etiquetas redutoras ao adversário e ao confronto cidade / campo, Lisboa / paisagem, se não se consegue colar a Costa, está a contribuir negativamente para a definição caracteriológica da actual secretário - Geral, pormenor que o seu gabinete de apoio deve ter minimizado.
Desconfio que o anexante - traidor -  com que Seguro mimoseou Costa no primeiro frente-a-frente teve um universo definido, dentro da sua lógica de angariação de apoios na provincia, a par de um pretenso deslocamento do olhar esclarecido sobre capacidades provadas.
O - Não te fica bem - reiteradamente usado como contraponto desmobilizador e critico está sub-reptíciamente na mesma linha da agenda de demolição pessoal, já que a assertividade contida de Costa nesse campo está deliberadamente a pensar na reunião do partido e na sua mobilização pós/Seguro.

De que outra maneira se explicaria, hoje, a nula interpretação contextual das posições de Seguro durante os governos Sócrates em que literalmente andou pelo campo a cacicar, a secar os apoios socialistas ao então seu secretário - Geral e a escrevinhar textos insidiosos em todo o lado sob a capa de contribuições de um cidadão que só pensava no país, blá-blá...?

António Costa pecou quando levou tempo demais a conhecer a burocrata massa jotinha do actual sec.Geral.
Deseja - se, para o bem do país, que não tenha acordado tarde.

Quanto à substância do debate, ela foi inconsequente, embora tenha lançado pistas ligeiras sobre os projectos " para a década ", para a " restauração " com a descida do IVA e sobre a união para as presidenciais.
Sinceramente, duvido das virtuosidades deste tipo de debates, para mais com maus intérpretes a intermediar e a formular questões, macaqueando - se em agressividades parolas sob o alibi de independência nas impertinências semânticas.

Não vou pedir desculpas por uma pretensa arrogância e pela snobeira elitista, lisboeta e sei lá que mais, mas se voltarmos ( os eleitores, claro... ) a asnear, escolhendo Seguro ( o insulto só o será se isso acontecer...), bem...