domingo, outubro 05, 2014

VEJAMOS...


O sr. Presidente da República portuguesa, discursando nas cerimónias alusivas ao 5 de Outubro de 1910, data da implantação da república em Portugal, faz um rotundo apelo ao consenso nacional, como forma de estabilizar o país no rumo do desenvolvimento, queremos acreditar.

Nunca, a não ser em períodos de guerra aberta, tive exemplos tão estranhos, mormente em democracia, de invocações cruzadistas em nome de um futuro, que ninguém hoje poderá prever minimamente por culpa directa de uma governação à qual está na origem, no apoio, e na manutenção.
Dir - se - á que A presidência da República só poderá ter este tipo de discurso de " conseguimentos " desejáveis.
. Nas circunstâncias políticas actuais em Portugal, cairá em saco roto, não por " inconseguimentos "atenentes à desfragmentação política e partidária actual  mas pela falta de credibilidade política que a postura do actual ocupante do cargo ,num passado recente e nos últimos anos cimentou junto do espectro partidário.

Torna - se evidente que o espaço de reflexão transposto pelas propostas políticas que o novo leque partidário traz às próximas eleições ( chamam a isso populismo... ) num enriquecimento, também ele EVIDENTE, da Democracia, tem assustado o Poder, como se sentiu, no discurso do P.R.
O refinamento democrático terá de passar pela inclusão activa de um largo naipe de representações políticas do país. Quem, cínicamente escudado em cristalizações conceptuais, se puser de fora da responsabilidade governativa, sairá desmascarado perante o povo.
E quem, escudado numa estigmatização politica de franjas do eleitorado representadas na Assembleia, insistir no debate, na repartição do Poder a dois, sazonalmente, continua a defender o consenso, nesse caso a três, vulgos PSD, PS,CDS, merecerá a resposta que vai ter.

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