sexta-feira, fevereiro 27, 2015

PUTIN


                                                                 O LÍDER ACOSSADO

Qual é, afinal, o pecado de Putin, o presidente eleito da Rússia?
O de não se deixar " globalizar " ? A não - capitulação à História acabada e à narrativa em projecto e construcção de um " Ocidente " que teima em renegar a própria história?

Sigamos os passos da reportagem no jornal " I " de hoje, de um correspondente in Bruxelas, de seu nome Diogo Vaz Pinto sobre os programas tenebrosos do líder de um país em resistência à capitulação e em recusa do papel de bode - expiatório à falência humanitária da Globalização.
Intitulado GUERRA FRIA 2.0,  o correspondente traçou, exaustivamente, o pensamento russo e da sua liderança sobre o assalto que pretendem levar sobre a U.E.

Sem mandato do demoniaco líder, e por puro exercício, diletante, vá lá, permito - me fazer um contraponto às normalidades delirantes de um lado e aos delírios normalizados do outro.

DEPENDÊNCIAS - A Hungria, estado soberano e democrático, que numa normal relação comercial compra 80% de gás natural e 56% da electricidade que consome à Rússia e cujo líder Viktor  Orbán, na plena posse das suas prerrogativas e funcionamento neuronal recusa - se a ostracizar o seu vital parceiro comercial, na defesa dos interesses do povo que fez dele o seu representante, conta - nos tenebrosamente a reportagem,
Por outro lado, seguem, normalizadas, a DEPENDÊNCIA Ocidental com a China, em termos de crédito, comércio e investimento e com a Arábia Saudita em termos de crude e consumo de armamento. Duas extraordinárias democracias, exemplares para o resto do mundo...

INTERESSES - " Quando John McCain, ( o ex - candidato à presidência dos USA,) o confrontou no ano passado com as suas inclinações ( e não cordialidade, claro... ) pró - russas...,Orbán... respondeu - lhe " Não me interessa o que o sr. pensa. O senhor não importa. A Rússia importa por causa da energia. A Alemanha por causa dos empregos ", conta - nos o jornal. TENEBROSO,  ou uma lição prática de realpolitik?
E pergunto - Quem é que quer isolar a Rússia? E respondo, conspirativamente, já que o clima é este... os USA e o seu anexante britânico, a UK.
Adiante...

INSTABILIDADE - Aqui entramos no reino dos "supônhamos "...
D. Vaz Pinto diz - nos que a Rússia ( Putin ), elegeu como uma prioridade nas relações externas a sua influência sobre os Balcãs e especialmente sobre a Sérvia e a Bósnia ( Só isso!!!? Falta de ambição, admito... ) .
Outro analista político ( um especialista, como eu, suponho...) de seu nome, citado por si, Ivan Krastev, diz - nos que, " no intuito de dividir ( sic) a Europa, Putin pode (sic) ( e aqui entrámos nos supônhamos... ) muito bem instrumentalizar a falta de estabilidade política ( onde? ) e de prosperidade económica... eles ( os malandros... ) encaram os Balcãs como uma região onde podem usar o seu poder para causar perturbação "
Um chorrilho de banalidades, enfim... Teriam muito mais a aprender com Obama, Camereon e Hollande, não é verdade?
Nós por cá seríamos uns anjinhos.A gente cá não desestabiliza pevas, só levamos, de vez em quando umas guerrazitas lá para fora e destruímos pelo caminho, alguns estados.

NACIONALISMOS - Não é que organizações democráticas, impedidas de se financiarem em bancos nacionais, como a citada Frente Nacional francesa comercializaram com bancos russos? SACRILÉGIO!
A China e a Arábia Saudita, dois portentos de Democracias, intocáveis, devem ter na sua posse a maioria do déficit externo norte - americano e com os seus investimentos, uma parte não dispicienda das riquezas nacionais de estados ocidentais.
Só uma pergunta - Em que é que a democracia da Rússia desmerece dos regimes destes dois países com quem o Ocidente lida, sem queixumes de maior?
A gente sabe o porquê, não sabe?

Bem, a verdade é que, parece que a base de dados incontornável das intenções maquiavélicas da Rússia são esses poços de sabedorias profundas que os think - thanks Atlantic Council e Centre Transatlantique Relations, representam. E, pronto, cansei - me e está tudo dito.

Pensem pela vossa cabeça... e mandem a manipulação rasteira, venha de onde vier, inclusivé, involuntáriamente daqui, para aquela parte...

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