sexta-feira, abril 17, 2015

G.E.S. (2)

O CASO B.E.S.

                                                       
                                                                     Ricardo Salgado

Décadas de impunidade, imputabilidade, arrogância financeira, tráfico de influências, por um lado, cobardia política, corrupção, venalidade profissional, negligência, servilismo, por outro lado, dentro do território nacional, num sistema, hoje globalizado, que infecta todas as paragens do planeta e afecta directa e indirectamente todas as almas, corrupto e corruptor, imoral na sua essência exploradora de Todas as nossas fraquezas e virtudes humanas, caldearam, cá dentro e lá fora, o PÂNTANO fétido em que todos nos mergulhamos, pela impossibilidade de piso limpo e seco.

Então, e os " OUTROS ? " - abre a cara de espanto o monge da nova religiosidade. Poder - se - ia, em absurdo humanista, ripostar - SERÃO EXEMPLOS A SEGUIR? Ou, em racionalidade analítica, - Possuem os depojos e as vítimas mais visíveis do nosso escárnio cínico-civilizacional e não voluntários submissos  da nossa complacência e piedosa solidariedade, ou - biológicamente, - Trata - se de uma luta pela sobrevivência e dignidade, já em desespero armado.

BAADEN - MEINHOF, KOZO OKAMOTO, IRA, ETA,BRIGATE ROSSE, VANGUARDA POPULAR REVOLUCIONÁRIA, são nomes de uma época não muito distante na nossa história. Anestesiados que estamos com o terror do Islão, e descrentes de uma redefinição neo - fascista já em marcha e, ó céus, democrática e sibilinamente introduzida no nosso tecido legislativo, andamos distraídos das condições objectivas que o mundo, então, se formatava e cuja face maquilhada de hoje vai escondendo... até um dia.

Voltando ao B.E.S.
A Comissão Parlamentar de Inquérito ao G.E.S. já fez o seu trabalho. E, surpreendentemente para muitos, onde me incluo, fê - lo com HONESTIDADE. Identificou já, directa e indirectamente, TODOS os intervenientes responsabilizáveis pela gestão criminalizável do G.E.S., incluindo nesse processo a responsabilização da actual e ainda em exercício, governance, NO MÍNIMO, INCOMPETENTE, dos REGULADORES.

Agora, será a vez da Justiça e iremos descobrir, tão certo como eu estar aqui, porque é que tudo ISSO foi possível, porque é que TODOS os intervenientes, directa ou indirectamente implicados, acharam possível uma impunidade nas suas acções e omissões e cumplicidades.

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