segunda-feira, outubro 12, 2015

SACUDIR O PÓ...

... Da história das últimas décadas, enfrentar uma realidade que se  instalou e se vai fortificando, pela ameaça, pela chantagem, e pela cobardia política dos socialistas europeus, na arrogância do Pensamento Único que os partidos conservadores estão a implantar na consciência dos cidadãos europeus será o desafio da Esquerda portuguesa e europeia para o ano que se avizinha.

Através do domínio das Instituições e do controlo do BCE ( aparentemente neutra... ) , a manipulação das políticas nacionais, nomeadamente dos países sob resgate, teve o seu apogeu no vergonhoso e anti - democrático tratamento que foi ministrado à Grécia rebelde que ousou pensar pela sua própria cabeça.

Esse discurso da moda, uniformizador, vazio de ideias, tem arautos espalhados, maioritàriamente presentes, nos Media, hoje capturados pelos interesses que ele veicula. São os novos apparatchiks do sistema e uma primeira barreira contra a tirania das massas, que infelizmente para ele, os actos eleitorais que a Democracia exige, não permite obnubilar.

Portugal está hoje a atravessar um momento histórico singular, desde a implantação da Democracia em 25 de Abril de 1974. Quarenta anos durou um regime ditatorial a que, não há volta a dar, a cobardia nacional manteve e a espaços acarinhou, face  às extraordinárias mudanças histórico - evolutivas que o mundo estava a sofrer, enquanto definhava na pacatez do discurso unificado da mistificação salvífica da nação.

Esse será o desafio que o Partido Socialista, o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista Português têm pela frente, pouco interessando, para já,  Cavaco Silva, Passos Coelho ou Paulo Portas. Haverá tempo de os ouvir... Pouco importa a pressa nessas conversas cruciais, sem agendas escondidas, que encetaram. O ter acontecido é, por si, extraordinário, políticamente, e demonstra que OUVIRAM o que o país lhes disse durante a campanha.

A limpeza, no sentido de clarificação identitária do P.S. e inclusivé do P.C.P. não deverá atemorizar os seus líderes, já que penso que os ganhos substanciais a obter, definirá, limitará de vez, o espaço que ainda tem sido ocupado, de um lado pelos liberais " socialistas " e do outro pelos estalinistas.
Ambos os partidos ficarão a ganhar e o país, também. A Direita ficará acantonada e sem submarinos dentro do P.S. e o P.C.P. refinará o seu, hoje, ADN democrático.

( a continuar... )

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