terça-feira, julho 26, 2016

EXPRESSOANDO ( N2 )

O CALIFADO TURCO DE ERDOGAN

A incompetência militar dos revoltosos contra a islamização política da Turquia foi de bradar aos céus. Começou com a " distracção " da militarização das forças policiais, com o enfoque da laicização das cidades em desprezo das massas paulatinamente fundamentalizadas dos campos da Anatólia e do resto do país e com o servilismo nacionalista anti - curdo.
" Uma bênção dos céus " - clamou o novo califa de Ancara.
A purga consequente já, como todo o mundo terá percebido, estaria de há muito preparada e está a ser sistemática e inteligentemente posta em acção contra a sociedade que Çevik Bir, cito, - Na Turquia nós temos o casamento entre o Islão e a Democracia. O filho deste casamento é o secularismo. Esta criança costuma adoecer de tempos a tempos. As Forças Armadas da Turquia são o médico encarregado de velar pela saúde desta criança. A sua intervenção depende sempre de quão doente está a criança e do que é necessário fazer para a salvar - queria, na linha do fundador da moderna Turquia - Kemal Ataturk,
A César o que é de César... O Islão é uma religião, que, em tempos históricos, tal como o Cristianismo, apoiadas pela Fé impuseram, por séculos, a sua visão do  mundo e a sua interpretação através das armas dos seus potentados e dos seus reis confessos.
No Ocidente o mundo girou e a Idade Média ficou para trás; abraçámos Prometeu, e por fim, deixámo - lo com as suas correntes- assumimos a nossa condição de intérpretes do nosso destino.
A Turquia vai entrar numa era obscura. Por quanto tempo só o seu povo decidirá, como agora decidiu.

U.E.

Em Agosto de 2013, Habermas deplorava o papel dúbio da Alemanha no contexto europeu e caracterizava  num artigo no Der Spiegel, o sofisma e paternalismo de um discurso paradoxal, em termos políticos, éticos, económicos e financeiros do seu governo em relação ao edifício pan - europeu em construção.
" A Bela Adormecida " e o seu operacional Schauble, aceitando a naturalidade da liderança que a sua condição volitiva, porém mesquinha no domínio do Continente, que as duas G.Guerras fundamentaram, resguarda - se no exercício de uma soberania aplicada através dos seus servis aliados colocados em funções chaves de decisão europeia, enquanto o seu discurso " soporífero " mantém o impasse que lhe sustenta o Poder.
"... Um fracasso histórico ( pouco original, sublinho eu... ) das elites políticas alemãs ", diz a certo passo, quando ele é global na mediocridade tecnocrática e burrocrática com que este formidável projecto humanista está a falhar, por sobre o que foi um safanão histórico e evolutivo na Vida dos cidadãos europeus-
Uma palavra para caracterizar a síntese da denúncia, então, de Habermas - VENALIDADE, POLÍTICA E ÉTICA.

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