sábado, julho 30, 2016

POLÍTICA, UM JOGO SUJO ou...

... RACIONALIDADE,...

... feita prática administrativa de interesses?

" O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa no peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política nasce o político vigarista, o pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais " - Brecht

A esta causticidade brechtiana não representada na realidade política actual pelo desinteresse das massas opõe - se a arrogância tecnoretórica de uma " iluminação " elitista, que presumida, julga tecer as malhas com que a VIDA de cada cidadão se tece.
Brecht confunde a impotência com ignorância e a burrice com falta de informação se transpusermos para hoje a realidade que ele vergastou, então.
As revoluções burguesas do século XIX, hoje vencedoras, foram sempre encabeçadas pelos melhores, assim como a destruição dos valores que lhes deram origem, pela impostura, venalidade e, não raras vezes, incompetência.
Hoje, a meio - termo dos acontecimentos, à degradação da elite corresponde a deploração popular. Um princípio físico de vasos comunicantes, tão sómente.
A superação desse impasse será conflitual e o grau dessa conflitualidade também está na proporção directa das respectivas iluminações, das massas e das elites, para mim, o PODER, já que das outras só a científica merece a designação como referencial das características que enformam o conceito na nova contemporaneidade. 
Como Habermas, dispenso heróis e, sei que, históricamente, apesar deles, a História do Humano é feita pelas nações, sem denegar o brilhantismo dos seus filhos mais esclarecidos.

E eis - nos de volta à espuma das coisas que me provocaram o assalto à memória encimada.

Dando de barato que a manipulação, não só informativa como emocional e mesmo " racional ", para o caso, com falsas informações, faz parte da realidade política humana, antes mesmo do advento da Política, a caracterização dos " desenvolvimentos " político - partidários dados à costa durante o suspense das sanções, de jogo estúpido, é, no mínimo, surrealista, dado que eles, os " desenvolvimentos " não são, nunca foram, nem serão um passatempo, como , por vezes, são caracterizados, pelos opinadores, como eu e o Zé e os colunistas dos Media.
Poder - se- à emitir um julgamento analítico e antever, em palpites, cenários de previsão ou consequenciais a partir dos dados ao dispôr sem que, por isso, sermos acusados de jogo sujo, como o fez H. Monteiro no Expresso deste sábado. Ou tê - lo - à sido?

Para o Governo do Partido Socialista e dos seus apoiantes Bloco de Esquerda e P.C.P., seguramente não o foi e para o povo português definitivamente não o terá sido, pelo que de quem estaria H. Monteiro a falar? E do quê?

Quero acreditar que não leu Luísa Meireles na página 11 do jornal onde escreve... Que tal um pulinho?

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