segunda-feira, janeiro 23, 2017

RACIONALIDADE POLÍTICA... ou...

... JÁ ACABOU COM...



... TRUMP, the HUN ?

A democracia moderna, fruto dilecto do Iluminismo, qual maçã  carcomida por dentro por larvas brilha ainda, embora baça, nas esperanças dos não convencidos, dos povos, dos putativos depositários e beneficiários do regime.
Nos tempos que correm, torna - se impossível ouvir o actual presidente dos USA ou os seus avatares europeus e mundiais, sem um íntimo constrangimento e culpa na cumplicidade que se estabelece pela concordância quase imediata com os seus, não poucos, sound - bytes certeiros com que arengam as massas. Uma voz do sistema, o sistema em auto - crítica, pasma -se, e sentimo - nos populistas, mesmo que as marteladas racionalistas ecoem com estrondo nos nossos neurónios.

A ilusão, denunciada em Nietzche, da recusa do reconhecimento da impostura niilista que é acobertada na e pela racionalidade, para o caso democrática, está a rebentar pelas costuras, cerzidas então pelos iluministas, os crentes do poder da Razão como condutor último das sociedades, das civilizações.
Hoje, ainda com Nietz, a postura aristocrática e o afastamento da contaminação pelo barbarismo seria a reconciliação com a realidade que Adorno abandonou pela distância filosófica ao sentido das coisas, a sua suposta direcção histórica e o seu significado em cada um de nós.
A intelectualidade elitista, na falta de melhor caracterização, encontra - se de cócoras, atordoada pela aparente ruptura racional nos USA, que denega a proclamação dos seus antecessores e balbucia interpretações racionais na inteligibilidade estuporada com que o populismo ( na falta de melhor caracterização... ) do século XXI ameaça as certezas adquiridas em(na) democracia.
Nada como o exílio elitista e a distanciação de um crismado barbarismo das massas, da anarquia e do Homem, desse Homem que se define na e pela recusa do sofrimento. 

Apesar da História nos contemplar com o seu correr trôpego numa narrativa pouco ou nada linear a recusar o definitivo a montante e o destino a jusante numa imponderabilidade fatalista do Futuro, ensina - nos que o Passado é sempre obsoleto na definição dos passos a dar na modulação do Futuro, dos futuros possíveis.

Descrente de qualquer determinismo histórico na marcha do mundo, aceito com relutância, também ela racionalizada, a teoria da ordem no Caos e o princípio de vasos comunicantes e a inércia dinâmica  horrorizada do Vazio. O populismo é a resposta físicopolítica da retracção dos valores que enformam(vam) a Democracia e tem ocupado o espaço que essa decadência tem produzido.
O fim de uma época acontece quando os seus pilares de sustentação desabam e desabam quando o combate é substituído pelo conformismo pedante e ao exílio aristocrático se junta a demissão popular.
 Ora, acontece que a militância e não o desarme estão bem vivos, como se comprova.

Quem os orientará para os bons caminhos? Essa foi e será a tarefa da Elite. 

CADÊ ELA?

Sem comentários: