terça-feira, outubro 17, 2017

D' O IMAGINÁRIO SOCIAL

... E... PROJECÇÕES INTERESSEIRAS OU...

... POUCO AVISADAS,...

... PELO QUE...

... " DEIXAREMOS O MUNDO TÃO TOLO E PERVERSO COMO O ENCONTRAMOS " - VOLTAIRE


Ganhou -se o hábito da confrontação de opiniões pretéritas e contextualizadas sobre realidades analisadas por personagens da vida pública e publicável da sociedade política e intelectual portuguesa ( a coisa vai mais além... ) com as actualizações que a realidade de hoje impôs nos novos contextos históricos, políticos ou sociais, pelo silêncio ruminativo ou verve desbragada.

O desmerecimento que a " falsidade " pretérita e, ou, a interpretação errónea dos factos, a par da sua permanência temporal como valor ou desperdício opinativo, não acrescenta, para a esmagadora maioria dos casos, consoante a importância factual ou projectado do assunto ou personagem em análise sobre os quais se emitiram pareceres e opiniões, nenhuma desvalorização de carácter para a maioria esmagadora dos casos, nem para os visados, nem para os factos.

Dito isto, que não passa de uma, quiçá, presunção, e reportando - nos, saindo do geral para o particular, à Política e aos seus sujeitos e predicados, a banalidade acima referida de juízos desavisados não passa senão da aplicação inferida de um comportamento... humano.
Não se trata aqui da relativização de uma Verdade mas de uma hermenêutica sincrética de reflexão que é comum a cada um de nós.

A posse de todos os dados, melhor, a ausência dessa acumulação de informação, obriga, necessáriamente, à falha parcelar que outros, entretanto, e por outros caminhos, vão preenchendo, empírica ou racionalmente e sobre isso fazem o seu juízo. Senso Comum, é o derivativo imaginário daí resultante.
Como todo o Conhecimento é, ABSOLUTAMENTE, parcelar, como parcelares e singulares as organizações mentais de tratamento de informações para cada um de nós perante as nossas vivências memorizadas, interesseiras e invocadas à medida das nossas necessidades projectáveis, os juízos que a cada FACTO formulamos será sempre pessoal e único.

" O que escreveste num tweet passado " ou.... " Em tempos dizias que... " enquadra - se no âmbito desta reflexão, para concluir que a coerência temporal é, terá de ser uma anormalidade, não só intelectual como vital, no nosso posicionamento racional e biológico para com os FACTOS. E se levada a extremos conduzirá à extinção da espécie, de todas as espécies, as racionais e às outras.

Uma inteligibilidade de " achados " marca o nosso percurso - Eu acho, tu achas... - , não só os da Ciência como os do racionalismo biológico, vulgo Senso Comum, e massifica o carácter da espécie.

DERIVANDO...

Nada, como a crónica de Clara Ferreira Alves na revista do Expresso último, sob o título - O julgamento de Sócrates - para exemplar, pretensamente, o meu juízo.
Para o caso, juízos feitos de achados a que a singularidade de um encontro ocasional, fortuito e de interpretação facial sincrética, PESSOAL, acrescenta toda uma caracterização justificativa de um trajecto, na linha das negatividades, então pressentidas.

Acontece, que no " caso " Sócrates, como em qualquer outro, numa Democracia, o " achar ", a referência do Senso Comum, não pode, num Estado de Direito, estar presente num julgamento. A verosimilhança de Verdade, intuída pelo S.C. ( leia - se Senso Comum ) é e terá de ser uma treta e como tal assim tratada por qualquer Juíz ou Juízes que sobre o caso venham a deliberar sobre a culpabilidade ou inocência do ou dos arguidos.

Ou isso ou então... será, de facto, TODO O REGIME que estará a julgamento.

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