segunda-feira, outubro 16, 2017

TERROR(ISMO) INCENDIÁRIO

" VIVER E DEIXAR MORRER "?


Tem sido essencialmente por esta perspectiva dramática que o Director do " Expresso ", Pedro Guerreiro, tem abordado a problemática dos incêndios que, desde Pedrógão, em Junho, tem lavrado em Portugal.
A sistematização que, aliada às condições objectivas das suas deflagrações e propagações e o sucesso devastador dos seus efeitos exige, para além das humaníssimas e necessárias indignações, exige olhares mais alongados do que o apontar de dedos a A,B ou C.
Mal sabia, mas poderia perfeitamente ter previsto, dada a manutenção das condições estruturais acima objectivadas que levaram à morte de dezenas de cidadãos então, o que aconteceu este Domingo pelo país.

Estaria lá tudo, no dramatismo visceral da denúncia da incúria do Estado extrapolada por P.S.Guerreiro, nas palavras do presidente da República e do P. Ministro do país, para além das incompetências já assacadas a todos os intervenientes no fracasso. se não se desse o caso da obliteração das nossas culpas e cumplicidades em todo o processo que nos conduziu a isso, excepto nas condições climatéricas, na seca extrema que assola o país.
Durante décadas fomos pondo tijolos sobre tijolos no edifício que agora nos ameaça mortalmente.

O regresso à competência, dos Bombeiros, dos Serviços de Protecção Civil, dos guardas - florestais, do ordenamento do território, dos políticos, do Estado na redefinição de uma normalidade outra dantes percebida como tal que não este terror permanente também ela levará décadas. E terá pela frente toda a Corporação dos Incêndios, todos os interesses instalados à volta do negócio dos fogos. que darão uma luta sem tréguas e serão tão sorrateiros como o estão a ser hoje.

Por mim acredito pia e fortemente que " há uma organização terrorista a atear os fogos em Portugal "; competente e contumaz. Faço, por isso, minhas, as palavras do Presidente da Liga dos Bombeiros portugueses, Jaime Mata Soares.
Com toda a magistratura atrás do Sócrates torna - se evidente que estiveram e estão à rédea solta. Estará na forja algum outro mega - processo de décadas quando e se for descoberta?

Entretanto, o País arde e as pessoas morrem.

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