domingo, dezembro 17, 2017

EXPRESSOANDO...

NA MOUCHE

" No Governo não parece haver, entre dezenas e dezenas de assessores e especialistas em redes sociais, quem tenha uma vaga ideia daquilo a que se chama gestão de crise "- Ricardo Costa, Expresso


No aproveitamento rasteiro que a Oposição, nomeadamente A.Cristas do CDS, sem ideias, sem programa, esvaziada de tópicos políticos de confronto com a geringonça ( a não ser os fait - divers, que os Media titulam a conta - gotas em cada dia que passa, num mimetismo atroz e nauseante da configuração editorial do C.M. e da CMTV ), tem feito para contrariar as boas notícias da governação, o visado, nas entrelinhas do caso Raríssimas, um folhetim patético e maledicente, foi Vieira da Silva, o " técnica e políticamente mais sólido ministro do Governo ", ainda com R. Costa...

 Uma presa de monta, seria, na fragilização do governo, portanto.
Conhecido, através da entrevista que a fundadora de Raríssimas dá ao Expresso, os contornos deste caso, mais se me confirmam como um ajuste de contas, a que nem um eventual " deslumbramento " da visada com o seu sucesso pessoal se possa assacar um reparo consistente que mereça a demolição da magnífica instituição que criou.
Pelo que, políticamente será um tiro de pólvora seca que, infelizmente, terá uma vítima - Paula Brito e Costa.

IURD

Esteve lá tudo, estava lá tudo, está lá tudo, o que hoje se " descobre " em indignação, pasmo e repulsa, o que começou na mente dos seus fundadores numa garagem dos arredores - a exploração da crendice popular - através de uma máfia pseudo - religiosa a que só o desamparo volitivo, emocional, cultural e económico permitiram o aliciamento massivo.

O tráfico de crianças através e sobre um véu de ilegítimas e fraudulentas adopções com a cumplicidade de uma atroz negligência dos serviços do Estado e... dos tribunais, foi um upgrade das actividades da IURD em Portugal, e chega - nos ao conhecimento, com estrondo.

Impossível ao Estado, por mais que queira, atalhar na raiz e bloquear à nascença a emergência de malfeitorias sociais que o imaginário humano traz atrelado à sua condição, nomeadamente quando os seus contornos são propiciadores de miríficos chamamentos à salvação e redenção das aflições.
O controlo, através da legislação e a rapidez de resposta ao menor sinal de suspeita são, terão de ser dissuasores eficazes, também pelos sinais que enviam - Estamos atentos às vossas actividades - .
Porém, nada como o policiamento mediático e vai aqui uma vénia aos trabalhos daqueles, melhor, daquelas, que vão permitindo trazer, em trânsito e apesar de alguma malícia, associada à colagem de conotações partidárias e presunções inferidas e inseridas numa narrativa mimética de falsa objectividade, à luz os podres da sociedade e a venalidade a eles associados.

A IURD foi uma borbulha que inchou à luz da distracção e negligência e se tornou um tumor monstruoso. Reduzir a sua actividade, assim como as de organizações similares ao estrito âmbito de angariação de fiéis e caridade aplicada, terá de ser o dever de um Estado laico, como o de Portugal.
E... já vamos tarde...

( continuaremos... )

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