PORTUGAL...,
... Um país de corruptores e corruptíveis?
Um olhar sobre o panorama judicial luso da última década põe - nos em contacto com uma enxurrada de casos policiais em investigação, envolvendo crimes de colarinho branco, nomeadamente tráfico de influências, peculato, corrupção política, lavagem de dinheiro e fraudes bancárias.
Dir - se - ia que a Polícia Judiciária, finalmente, se encontrou com rédea livre para desmontar as teias do compadrio e promiscuidade entre as classes mais abastadas do país ou, então que, finalmente, já possui meios e competência, resguardados por apoio nunca enjeitado pela actual Procuradora Geral da República, Marques Vidal, para sair à caça.
Hoje tivemos a notícia de uma investigação a vários juízes e a um juíz - desembargador sobre acusações gravíssimas de corrupção quando ainda fresco está o julgamento de um procurador acusado, também ele, de corrupção passiva.
Esta " limpeza " judiciária pendurou - se sobre os ombros dos MEDIA e com a cumplicidade de uma nova raça de bufos e do povo sedento de sangue dos grandes, ameaça tudo o que estiver ao alcance de uma denúncia anónima.
Corre - se o perigo do emporcalhamento público de inocentes, cujas vidas poderão ser mudadas de uma maneira dramática.
Para isso estarão os tribunais, dir - se - á, enquanto os MEDIA se encarregam do julgamento público. Judicialismo com populismo será uma combinação venenosa e anti - democrática pela obliteração da presunção de inocência e pela mistura de alhos com bugalhos ao sabor de um sopro.
Não será, seguramente, o tipo de Justiça que os cidadãos democratas iriam desejar no seu país.
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