domingo, fevereiro 04, 2018

MORALIZAÇÃO...

...JUSTICIALISMO ou...

...COINCIDÊNCIAS?

A tentação é grande entre os órgãos de soberania em impôr - se uns aos outros; umas vezes com subtileza e decoro, outras vezes com desplante e sobrevalorização das prerrogativas e outras com cinismo e má - fé.
Impossível separar o elemento ideológico das tensões que por vezes se estabelecem quando a harmonização dos poderes é descartada em nome de interesses que as opções ideológicas podem, em certas circunstâncias, extremar.

Portugal está a atravessar a esse nível uma fase nítidamente, não já pressentida mas real de uma confrontação " surda " porque, embora declarada pelo Ministério Público através dos seus organismos de classe, segue por caminhos não tão óbvios.
A razão da guerrilha tem tudo a ver com o quadro político vigente em Portugal - um governo do P.Socialista associado ao Partido Comunista e ao Bloco de Esquerda, formações anti - capitalistas, ou se preferirem, contra o neo - liberalismo financeiro e político surgido em força após a crise de 2008.

Falta acrescentar que as esperanças no fracasso dessa solução governativa não foram atendidas pelo Diabo ( a UE, presume - se... ) invocado pelo ex - lider da Direita, Passos Coelho, com o acrescento da aprovação das agências de rating e dos órgão máximos da União Europeia, face ao extraordinário resultado das políticas sociais, económicas e financeiras alcançados em dois anos de governação em relativa paz social.

Ao breve flirt, que o estado de graça do Governo alimentado pelas circunstâncias, lhe foi feito pelos MEDIA, propriedades da Direita empreendedora, seguiu - se a retaliação, não já com contra-argumentos políticos económicos ou financeiros, esmagados pela realidade inequívoca dos números, debitados diáriamente, então, em todos os títulos da Imprensa pelos especialistas, mas com casos, tretas e inconsequências formalistas. Não resultou, Portugal continuava a ser bem visto lá fora e tornou - se um must internacional procurado por um mundo sedento de paz social e... retempero, físico, emocional, lazer e... negócios.

 Aconteceu, então, uma das piores épocas de incêndios em Portugal e, pela primeira vez, com muitos mortos à mistura. Uma coincidência, dizem - nos, que alimentou até hoje as páginas dos jornais e aberturas televisivas, até à náusea revoltante do aproveitamento político da Direita das debilidades então constatadas e que duravam dezenas e dezenas de anos e que, hélas, foram descobertas pelo desatento país.

( continuarei... )

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